Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos https://revistavoos.com.br/index.php/sistema <p style="text-align: justify;">A <strong>Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos (ISSN: 1808-9305) </strong>é uma publicação semestral do <strong>Centro Universitário Guairacá</strong>. Trata-se de um periódico especializado no domínio dos estudos polidisciplinares. Seu objetivo é publicar trabalhos vinculados à diferentes áreas do saber que perpassam as Ciências Humanas e Sociais, Ciências da Saúde, Ciências Exatas, Tecnologia, Sustentabilidade e Gastronomia. Deste modo, a Revista contribui para a divulgação e socialização da produção do conhecimento em diferentes áreas investigativas, com especial atenção para suas relações interdisciplinares. Tal enfoque está articulado aos princípios de uma revista que preza pelo questionamento e pela busca de diferentes formas de se compreender a realidade.<br />A <strong>Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos</strong>, enquanto periódico especializado, propõe-se como um fórum de debates aberto à diferentes diálogos no campo da Ciência. A revista permite acesso livre e completo aos textos publicados. Voos faz chamadas de artigos periodicamente, podendo estipular dossiês temáticos e edições especiais.<br /><br /><br />Prof. Dr. Luiz Augusto da Silva<br />Prof.ª Drª. Kelly Cristina Nogueira Soares</p> <p style="text-align: justify;">Editores da Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos</p> UniGuairacá pt-BR Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos 1808-9305 <p>Copyright (c) 2023 Revista Voos Polidisciplinar</p> <p><a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a></p> <p>Este trabalho está licenciado sob uma licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License</a>.</p> <p><strong>Licença Creative Commons</strong></p> <p>Todas as publicações da Revista <strong>Voos</strong> estão licenciadas sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (<a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR">CC BY 4.0</a>), identificada pelo símbolo: <img src="https://periodicos.unb.br/public/site/images/leonardoayres/mceclip0.png" /></p> PERFIL SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DE TRIATLETAS: INFLUÊNCIAS NA PRÁTICA DO ESPORTE https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/289 <p style="text-align: justify;"><strong>INTRODUÇÃO</strong>: A prática do triathlon tem ganhado popularidade nos últimos anos, atraindo atletas de diferentes perfis, idades e níveis de experiência. Este estudo busca analisar as características socioeconômicas e os hábitos de treinamento de triatletas que participaram de uma prova de short Triathlon. <strong>MÉTODOS</strong>: Estudo transversal realizado com 35 triatletas participantes de uma prova de short triathlon, avaliados por meio de um questionário online. Foram coletados dados demográficos (idade, sexo, escolaridade), hábitos de treinamento (frequência semanal e tipo de fortalecimento muscular) e tempo de prática no triathlon. A análise estatística incluiu estatísticas descritivas para caracterização do grupo e uma análise de regressão logística multivariada para avaliar a relação entre as variáveis sexo, escolaridade e prática de fortalecimento muscular. <strong>RESULTADOS: </strong>A idade dos atletas variou entre 24 e 67 anos, com média de 39 anos. A distribuição por sexo foi de 60% homens e 40% mulheres. Em relação à escolaridade, 60% dos atletas possuem pós-graduação, 20% ensino superior completo e 20% ensino médio completo. A maior parte dos atletas está em estágios iniciais de prática (até 6 meses), seguidos pelos que praticam há 4 a 5 anos e 1 a 3 anos. Atletas com mais de 10 anos de prática também representam uma parcela significativa do grupo. Quanto à frequência de treino, 40% relataram treinar todos os dias, e 40% treinam de 5 a 6 dias por semana. A prática de fortalecimento muscular foi relatada por 88,6% dos participantes, sendo a musculação a mais comum (80%), seguida por treinamento funcional (30%) e Pilates (15%). A regressão logística multivariada analisou a relação entre sexo, escolaridade e prática de fortalecimento muscular. Os resultados mostraram que a escolaridade tem maior influência positiva na prática de fortalecimento muscular (coeficiente: 0,510), enquanto o sexo apresenta um impacto menor e negativo (-0,092). O modelo sugere que indivíduos com maior escolaridade têm maior probabilidade de praticar fortalecimento muscular, independentemente do sexo. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS</strong>: O triathlon é predominantemente acessível a indivíduos de maior renda, devido aos custos elevados com equipamentos, inscrições e competições, frequentemente associados a níveis mais altos de escolaridade e melhores posições no mercado de trabalho. Características como disciplina e planejamento, comuns entre indivíduos com maior escolaridade, são indispensáveis para manter uma rotina consistente de treinos e prática de fortalecimento, especialmente considerando que triatletas frequentemente competem ao longo do ano. Além disso, o acesso a redes sociais e profissionais onde o triathlon é amplamente praticado pode influenciar sua escolha esportiva. Indivíduos com pós-graduação também podem se beneficiar de maior flexibilidade em suas rotinas de trabalho, permitindo equilibrar carreira e vida pessoal com atividades desafiadoras como o triathlon. Esse fator contribui para a permanência prolongada no esporte e o desenvolvimento contínuo. A alta prevalência de atletas com pós-graduação reforça a influência de fatores socioeconômicos na prática do triathlon. Esses achados destacam a importância de considerar o perfil educacional e econômico em análises esportivas, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias voltadas à inclusão e diversificação no esporte.</p> Bruna Briere Anastácio Alessandra Linzmeyer Lana Brandl Tiyoko Rebelatto Suguiura Iully Bianca Camilia Borges Dos Santos Tanabe Rebeca Ferreira Ernesto Nobuyuki Terabayashi Tanabe Copyright (c) 2024 Bruna Briere Anastácio, Alessandra Linzmeyer, Lana Brandl, Tiyoko Rebelatto Suguiura Iully, Bianca Camilia Borges Dos Santos, Tanabe Rebeca Ferreira, Ernesto Nobuyuki Terabayashi Tanabe https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.289 ANÁLISE ALOMÉTRICA ENTRE FADIGA MENTAL E TRABALHO MECÂNICO https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/295 <p><strong>INTRODUÇÃO: </strong>A análise do desempenho tem despertado o interesse no que se refere a mecânica da locomoção humana, em especial, ao trabalho mecânico total (Wtot) - determinado pela soma dos trabalhos mecânicos interno (Wint) e externo (Wext) (ZAMPARO, e col. 2019). Na prática esportiva, estudos têm verificado a necessidade de utilizar valores diferentes como coeficientes para a determinação do percentual a ser considerado da massa corporal total no cálculo do Wtot. A escala alométrica é um exemplo. Ela é representada por uma equação de regressão que indica o comportamento de uma variável fisiológica “Y” em relação a variável massa “X” (Y = aXb) (TARTARUGA e col., 2013). Embora a literatura tenha demonstrado evidências científicas dos efeitos negativos da FM para com o desempenho cognitivo e esportivo, o comportamento do Wtot em corredores de longa-distância não tem sido investigado em tal situação de fadiga quando aplicada a alometria. Portanto o presente estudo teve como objetivo investigar, alometricamente, a relação entre fadiga mental (FM) e trabalho mecânico total (Wtot) de corredores recreacionais de longa-distância. &nbsp;<strong>MÉTODOS: </strong>A amostra foi constituída por quinze mulheres, com mais de dois anos de experiência em provas de 10 km. Todas as participantes foram submetidas a dois testes de Economia de Corrida realizados, randomicamente, sem e com fadiga mental (FM) induzida através de uma tarefa cognitiva de esforço (<em>Stroop Task</em>) de 30 min. Foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para a verificação da normalidade dos dados, teste T de Students para amostras dependentes e o teste comparativo não paramétrico Wilcoxon. O índice de significância adotado foi de 0,05 no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences – SPSS (IBM, USA).<strong> RESULTADOS:</strong> Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas no Wtot, sem e com FM, apesar do efeito cognitivo significativo induzido pelo <em>Stroop Task</em> de 30 min. Alometricamente, os resultados do nosso estudo também não demonstraram alterações significativas quando comparado o Wtot com e sem FM. É provável que estes resultados estejam relacionados aos valores homogêneos verificados nos nossos parâmetros de massa corporal e VO<sub>2</sub>máx - próximos de 10%. Segundo Tartaruga e col. (2010), comportamentos homogêneos intersujeitos da massa corporal e do VO<sub>2</sub>máx resultam em elevados valores exponenciais alométricos (&lt; 0,9) diminuindo, assim, o efeito de prováveis diferenças na potência metabólica máxima, o que justifica o uso deste procedimento para amostras heterogêneas. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> O presente estudo permite concluir que 30 min de esforço mental para induzir a FM parece não afetar significativamente as respostas fisiomecânicas de corredoras de 10 km, sugerindo-se uma possível estratégia de enfrentamento individual advinda da experiência esportiva.</p> Marcus P. Tartaruga Andreina Eloyse Goebel Copyright (c) 2024 Marcus P. Tartaruga, Andreina Eloyse Goebel https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.295 COMPARAÇÃO DO GASTO ENERGETICO DE BAILARINAS DE DIFERENTES ESTILOS DE DANÇA: BALLET E DANÇAS URBANAS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/291 <p style="text-align: justify;"><strong>INTRODUÇÃO: </strong>O Ballet Clássico surgiu em Paris no século XVI como uma dança da nobreza, popularizando-se no reinado de Luís XIV (ZONTA, 1994). Em contrapartida, a Dança Urbana, com estilos como break e hip-hop, nasceu nas comunidades afro e latino-americanas dos EUA nas décadas de 1960 e 1970 (ARAÚJO e PRODÓCIMO, 2022). O gasto calórico nas expressões corporais depende da técnica, intensidade, tempo de execução e do condicionamento físico do executando. Enquanto o Ballet Clássico foca na técnica refinada e controle, a Dança Urbana prioriza energia explosiva e criatividade, ambos sendo fisicamente exigentes, mas com abordagens distintas (SCHANTZ e ASTRAND, 1984; LIPSET e LOW, 2020) Também, há uma dificuldade em caracterizar e/ou estudar ambas as modalidades devido à escassez de pesquisas sobre os mecanismos fisiomecânicos envolvidos nestas manifestações corporais. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo comparar o gasto calórico de bailarinas de Ballet Clássico com dançarinas de danças urbanas, todas recreacionais<strong>. MÉTODOS: </strong>O presente estudo teve como objetivo comparar o gasto calórico de bailarinas de Ballet Clássico (8 bailarinas; idade: 17 ± 2 anos; massa corporal: 57,1 ± 7,8 kg; estatura: 1,63 ± 5,59 m; gordura corporal: 19,4 ± 4,1 %; consumo máximo de oxigênio - VO<sub>2máx</sub>: 35,9 ± 9, 4 ml<sup>.</sup>kg<sup>-1.</sup>min) com dançarinas de danças urbanas (8 dançarinas; idade: 23 ± 6 anos; massa corporal: 71,6 ± 18,1 kg; estatura: 1,65 ± 6,93 m; gordura corporal: 23,1 ± 11,5 %; VO<sub>2máx</sub>: 41,8 ± 15,6 ml<sup>.</sup>kg<sup>-1.</sup>min), todas recreacionais e com experiência mínima de dois anos. A amostra foi submetida a realização de uma coreografia sendo mensurados o gasto calórico, a distância percorrida e o tempo de execução através do sensor inercial BAIOBIT. <strong>RESULTADOS:</strong> Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas (<em>p</em> &gt; 0,05) no gasto calórico (17,2 ± 2,3; 20,8 ± 4,1 cal), na distância percorrida (166,2 ± 4,7; 161,2 ± 4,5 m) e no tempo de execução coreográfico (111 ± 4; 102 ± 6 s), respectivamente, provavelmente devido as técnicas coreográficas e as intensidades associadas as características musicais. Consequentemente, é possível afirmar que o Ballet Clássico e a Dança Urbana podem exigir as mesmas adaptações fisiomecânicas, além de semelhantes otimizações autonômicas, corroborando com Cohen e col. (1981). <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS: </strong>O presente estudo permite concluir que bailarinas e dançarinas de Ballet Clássico e Dança Urbana não diferem no gasto calórico quando executam coreografias com distâncias, tempos de execução, técnicas de movimento e tons musicais semelhantes. No entanto, novas pesquisas são sugeridos com adultos, bailarinos e dançarinos profissionais visando confirmar as evidências verificadas referentes as influencias dos parâmetros fisiomecânicos no gasto calórico em coreografias do Ballet Clássico e da Dança Urbana.</p> Maria Rita de Kassia Bernardino Marcus P. Tartaruga Copyright (c) 2024 Maria Rita de Kassia Bernardino, Marcus P. Tartaruga https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.291 A AMPLITUDE DE MOVIMENTO DO QUADRIL É IMPACTADA PELO RISCO DE MAU PROGNÓSTICO NA DOR LOMBAR CRÔNICA: ESTUDO OBSERVACIONAL TRANSVERSAL https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/292 <p style="text-align: justify;"><strong>INTRODUÇÃO: </strong>Sabe-se que os aspectos psicossociais impactam o curso e a gravidade das limitações físicas observadas em pacientes com dor lombar crônica (DLC), sendo que estudos prévios demonstram que desfechos físicos-funcionais parecem ser impactados de forma diferente segundo o risco de mau prognóstico para dor (Barboza et al., 2018; Hubner et al., 2024; Ludwig et al., 2024), em que quanto maior a contribuição dos fatores psicossociais, maior o risco de mau prognóstico. Embora a flexibilidade, amplitude de movimento (ADM) não tenha sido correlacionados com DLC inespecífica (Ribeiro et al., 2018), acredita-se que a estratificação segundo o risco de mau prognóstico possa revelar diferenças na ADM. O objetivo deste estudo foi comparar as ADM de quadril em pacientes com DLC estratificados segundo o risco de mau prognóstico para dor. <strong>MÉTODOS: </strong>Estudo observacional transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa institucional (parecer: 6.513.986), cuja amostra foi composta por voluntários com DLC, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 59 anos, recrutados de forma consecutiva e não probabilística do Centro de Reabilitação Física da UNIOESTE (CRF-UNIOESTE), por meio de convite direto ou por divulgação em mídias sociais. Inicialmente os voluntários passaram por uma triagem para caracterização da DLC por uma equipe de 2 avaliadores treinados e balizados para a realização desta triagem. Foram incluídos voluntários com DLC, de origem mecânica, e que não tivessem histórico de cirurgia na coluna, doenças neurológicas ou afecções musculoesqueléticas importantes nos membros inferiores. Ainda, os voluntários foram distribuídos em três grupos de acordo com o risco de desenvolver mau prognóstico para dor (BR=baixo; MR=médio; AR=alto risco), segundo a ferramenta StartBack (Pilz et al., 2014). As medidas de ADM do quadril, de forma bilateral, foram realizadas por meio de um goniômetro disponível em aplicativo de smartphone, seguindo padrões normativos de avaliação goniométrica. Foram coletadas as seguintes medidas de ADM do quadril, sempre expressas em graus: flexão, extensão, rotações interna e externa, adução e abdução. Para análise estatística utilizou-se o modelo generalized linear model (GzLM), com nível de significância de 0,05.<strong> RESULTADOS: </strong>Foram avaliados 18 voluntários, sendo BR (n=5; 27,8±5,3 anos; 76,7±8,3 kg; 170,5,6 cm), MR (n=6; 35,7±5,7 anos; 72,6±8,3 kg; 164±4,8 cm) e AR (43,5±6,4 anos; 92,4±6,1 kg, 169±4,1 cm). Não houve diferenças estatísticas entre nenhuma das variáveis de caracterização da amostra. Verificou-se que estrato AR apresentou menores valores angulares de ADM do quadril em comparação aos outros estratos para a maioria das medidas: flexão (x<sup>2</sup>[2]=9,62; p=0,008 / BR=109,4±8,2<strong><sup>A</sup></strong>; MR=94,7±7,5<strong><sup>AB</sup></strong>; AR=74,8±7,5<strong><sup>B</sup></strong>); extensão (x<sup>2</sup>[2]=7,55; p=0,023 / BR=23,2±3,0<strong><sup>A</sup></strong>; MR=21,1±2,7<strong><sup>AB</sup></strong>; AR=12,2±3,0<strong><sup>B</sup></strong>); rotação interna (x<sup>2</sup>[2]=0,49; p=0,782 / BR=31,5±2,9<strong><sup>A</sup></strong>; MR=31,9±2,9<strong><sup>A</sup></strong>; AR=34,9±2,9<strong><sup>A</sup></strong>); rotação externa (x<sup>2</sup>[2]=7,19; p=0,028 / BR=32,3±3,3<strong><sup>AB</sup></strong>; MR=35,9±2,9<strong><sup>A</sup></strong>; AR=23,7±3,3<strong><sup>B</sup></strong>); abdução (x<sup>2</sup>[2]=5,68; p=0,058 / BR=49,5±3,3<strong><sup>A</sup></strong>; MR=43,8±3,0<strong><sup>A</sup></strong>; AR=38,8±3,0<strong><sup>A</sup></strong>); adução (x<sup>2</sup>[2]=7,40; p=0,025 / BR=13,5±2,1<strong><sup>AB</sup></strong>; MR=17,5±1,9<strong><sup>A</sup></strong>; AR=9,7±2,1<strong><sup>B</sup></strong>). As letras sobrescritas após cada estrato indicam onde as diferenças ocorreram, sendo que letras diferentes indicam diferenças estatísticas. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Observou-se que o risco de mau prognóstico afetou as ADM de quadril, sendo que o AR teve as menores ADM em comparação aos demais estratos.</p> Rebeca Ferreira Dias Henrique Prado Rodrigues Murilo Rafael Gonçalves Moreira Iully Tiyoko Rebellato Suguiura Estela Hoff Bruna Briere Anastácio Geovanna Flores Righetto Gladson Ricardo Flor Bertolini Alberito Rodrigo de Carvalho Copyright (c) 2024 Rebeca Ferreira Dias, Henrique Prado Rodrigues, Murilo Rafael Gonçalves Moreira, Iully Tiyoko Rebellato Suguiura, Estela Hoff, Bruna Briere Anastácio, Geovanna Flores Righetto, Gladson Ricardo Flor Bertolini, Alberito Rodrigo de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.292 CORRELAÇÃO ENTRE POTÊNCIA DE SALTO E TORQUE MÁXIMO DE EXTENSORES DE JOELHO E A PERCEPÇÃO DE RECUPERAÇÃO NESSES PARÂMETROS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/293 <p><strong>INTRODUÇÃO/OBJETIVO:</strong> A potência de salto é um dos marcadores de desempenho mais utilizados dentro do voleibol, sendo usado em diversos fundamentos como saque e ataque, por isso vê-se a importância de verificar se a potência dos saltos em atletas de vôlei de praia tem correlação com o torque máximo de extensão de joelho, e ainda, verificar se há influência da qualidade de recuperação nos parâmetros de torque de flexores e extensores. <strong>MÉTODOS:</strong> Estudo aprovado Comitê de Ética (6.679.894). Dados extraídos do banco do projeto de extensão no desporto –Unioeste, Cascavel/PR: parâmetros da função muscular de quadríceps a 60°±5 de flexão de joelho (torque isométrico máximo [TIM]; potência de salto (<em>squat jump</em> [SJ] e <em>countermoviment jump</em> [CMJ]). A potência dos extensores de joelho em saltos verticais foi avaliada pelo aplicativo <em>My Jump</em> <em>Lab</em> (W∙kg<sup>-1</sup>); TIM (N∙m) por um dinamômetro portátil com sensor inercial (Dinabang) de forma bilateral. O voluntário respondeu a escala PDR (Percepção de Recuperação) antes da execução dos testes, logo após, realizou os testes de salto e só então fez o teste de força, para qual sentou-se em uma cadeira adaptada com faixas transpassadas nas coxas para evitar movimentos compensatórios. Uma corrente inextensível teve uma extremidade enganchada à estrutura da cadeira e a outra enganchada na tornozeleira conectada ao dinamômetro. Para o TIM, solicitou-se máximo de força de extensão e flexão do joelho sustentada por 5 s em 3 tentativas com intervalo de 120 s. Para TIM usou-se as médias entre os valores encontrados para cada membro. Para as análises estatísticas usou-se Jamovi/2.4.11 e G*Power/3.1.9.7 (regressão múltipla) com alfa=5% e beta=80%. <strong>RESULTADOS:</strong> Foram utilizados dados de 08 atletas de vôlei feminino acompanhadas pelo projeto extensão supracitado (idade 18,6±6,8 anos; massa corporal 63,2±8,2 kg; estatura 1,67±0,04 m). As estatísticas descritivas (média; desvio padrão; [intervalo de confiança 95%]) dos desfechos foram: SJ(22,5±5,73[18,1-26,9]); CMJ (23,3±6,72[18,1-28,4]); TIM (163±50,2[121-105]). <strong>CONCLUSÃO:</strong> Não houve correlação da Potência de salto com o TIM de extensão, e nem da percepção de Recuperação em relação ao TIM (extensão e flexão). Indica-se uma amostra maior para melhor visualização dos resultados. Tem-se a importância prática desse estudo no fato de que o salto tende a melhorar com a força muscular, sendo um bom indicativo de desempenho para atletas de voleibol, assim como a qualidade e percepção de recuperação é importante na prevenção de fadiga e consequentemente lesões desses atletas.</p> Bianca Camilia Borges dos Santos Felipe Garcia Lisboa Estela Hoff Bruna Briere Anastácio Isadora Bianchi Ribeiro Caetano Fonseca da Encarnação Lana Brandl Alberito Rodrigo de Carvalho Copyright (c) 2024 Felipe Garcia Lisboa, Bianca Camilia Borges dos Santos, Estela Hoff, Bruna Briere Anastácio, Isadora Bianchi Ribeiro, Caetano Fonseca da Encarnação, Lana Brandl, Alberito Rodrigo de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.293 INCIDÊNCIA DE LESÕES ESPORTIVAS NO JOELHO EM JOGADORES DE VOLEIBOL: RELAÇÃO COM A AVALIAÇÃO OBJETIVA DA FUNÇÃO DOS MÚSCULOS FLEXORES E EXTENSORES DO JOELHO https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/294 <p><strong>Introdução</strong>: Os atletas estão sempre procurando seu melhor desempenho, por isso, formas de avaliações destinadas a manter a saúde o mais íntegra possível, de forma que possam prever e talvez evitar lesões e afastamentos são sempre bem vindas no campo das especialidades esportivas. Anomalias nas medidas da função muscular, como assimetrias de força ou relação isquiotibiais-quadríceps (I/Q) fora dos limites normais, são fatores predisponentes para lesões esportivas. <strong>Objetivo:</strong> Determinar a relação entre assimetrias na força isométrica máxima dos flexores e extensores do joelho e na relação ísquio-quadríceps e a incidência de lesões no joelho em atletas de voleibol. <strong>Métodos:</strong> Esse estudo é caracterizado como observacional longitudinal, onde observou-se 39 atletas de voleibol de rendimento do sexo feminino, nas categorias sub-15 a sub-21, de duas equipes federadas do estado do Paraná, Brasil. Uma lesão esportiva foi definida como aquela que ocorreu durante um treinamento/competição e resultou em licença médica com afastamento dessa atleta da atividade. A incidência foi apurada entre fevereiro e maio de 2024 e novas lesões foram comunicadas ao fisioterapeuta da equipe para incluí-las no estudo. As medidas de função muscular foram realizadas por dinamômetro de tração (<em>Dinabang</em>) em fevereiro de 2024, no qual a voluntária ficava sentada em uma cadeira, com faixas transpassadas nas coxas para evitar compensação, com joelho fletido a 60°±5. Uma corrente inextensível teve uma extremidade enganchada à estrutura da cadeira e a outra na tornozeleira acoplada na atleta e conectada ao dinamômetro. Solicitou-se força máxima em 3 tentativas de extensão e flexão de joelho. As variáveis quantificadas foram: i) assimetrias para força isométrica máxima (%) de quadríceps e isquiotibiais, sendo valores maiores que 10% considerados assimetrias; ii) relação isquiosquadríceps bilateral, sendo considerados valores normais entre 0,5 e 0,7. As relações foram determinados usando GzLM. Resultados: Foram registradas lesões meniscais (n=8), tendinopatias (n=4), entorses (n=2), dor femoropatelar (n=2) e rupturas do LCA (n=1). As médias (IC95% e DP) das medidas musculares consideradas sem alterações foram: assimetria de quadríceps (10,9; [7,9-13,9]; ±9,2), assimetria isquiática (5,7; [4,1-7,4]; ±5,2), relação ísquio-quadríceps esquerdo (0,52;[0,49-0,55];±0,11) e direito (0,49;[0,46-0,53];±0,10). Não houve relações significativas entre a incidência de lesões e medidas de função muscular. Conclusões: A função dos músculos flexores-extensores do joelho dentro dos limites normais não parece influenciar a incidência de lesões esportivas no joelho.</p> Lana Brandl Ana Caroline Marcon Jaline Rossato Renata Adam Baioco Alberito Rodrigo de Carvalho Copyright (c) 2024 Lana Brandl, Ana Caroline Marcon, Jaline Rossato, Renata Adam Baioco, Alberito Rodrigo de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.294 ANÁLISE ALOMÉTRICA ENTRE FADIGA MENTAL E TRABALHO MECÂNICO https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/290 <p style="text-align: justify;"><strong>INTRODUÇÃO: </strong>A análise do desempenho tem despertado o interesse no que se refere a mecânica da locomoção humana, em especial, ao trabalho mecânico total (Wtot) - determinado pela soma dos trabalhos mecânicos interno (Wint) e externo (Wext) (ZAMPARO, e col. 2019). Na prática esportiva, estudos têm verificado a necessidade de utilizar valores diferentes como coeficientes para a determinação do percentual a ser considerado da massa corporal total no cálculo do Wtot. A escala alométrica é um exemplo. Ela é representada por uma equação de regressão que indica o comportamento de uma variável fisiológica “Y” em relação a variável massa “X” (Y = aXb) (TARTARUGA e col., 2013). Embora a literatura tenha demonstrado evidências científicas dos efeitos negativos da FM para com o desempenho cognitivo e esportivo, o comportamento do Wtot em corredores de longa-distância não tem sido investigado em tal situação de fadiga quando aplicada a alometria. Portanto o presente estudo teve como objetivo investigar, alometricamente, a relação entre fadiga mental (FM) e trabalho mecânico total (Wtot) de corredores recreacionais de longa-distância. &nbsp;<strong>MÉTODOS: </strong>A amostra foi constituída por quinze mulheres, com mais de dois anos de experiência em provas de 10 km. Todas as participantes foram submetidas a dois testes de Economia de Corrida realizados, randomicamente, sem e com fadiga mental (FM) induzida através de uma tarefa cognitiva de esforço (<em>Stroop Task</em>) de 30 min. Foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para a verificação da normalidade dos dados, teste T de Students para amostras dependentes e o teste comparativo não paramétrico Wilcoxon. O índice de significância adotado foi de 0,05 no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences – SPSS (IBM, USA).<strong> RESULTADOS:</strong> Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas no Wtot, sem e com FM, apesar do efeito cognitivo significativo induzido pelo <em>Stroop Task</em> de 30 min. Alometricamente, os resultados do nosso estudo também não demonstraram alterações significativas quando comparado o Wtot com e sem FM. É provável que estes resultados estejam relacionados aos valores homogêneos verificados nos nossos parâmetros de massa corporal e VO<sub>2</sub>máx - próximos de 10%. Segundo Tartaruga e col. (2010), comportamentos homogêneos intersujeitos da massa corporal e do VO<sub>2</sub>máx resultam em elevados valores exponenciais alométricos (&lt;0,9) diminuindo, assim, o efeito de prováveis diferenças na potência metabólica máxima, o que justifica o uso deste procedimento para amostras heterogêneas. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> O presente estudo permite concluir que 30 min de esforço mental para induzir a FM parece não afetar significativamente as respostas fisiomecânicas de corredoras de 10 km, sugerindo-se uma possível estratégia de enfrentamento individual advinda da experiência esportiva.</p> Andreina Eloyse Goebel Marcus P. Tartaruga Copyright (c) 2024 Marcus P. Tartaruga, Andreina Eloyse Goebel https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.290 ESTUDO BIOMECÂNICO DA CAMINHADA DO TANGO https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/296 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> O tango, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO (2009), tem potencial como estratégia de reabilitação (Lötzke et al., 2015). No entanto há escassez de quantificação biomecânica e fisiológica para dar suporte ao seu uso clínico. Este estudo explora os aspectos energéticos e espaço-temporais da caminhada de tango, especificamente no papel de líder. <strong>MÉTODOS: </strong>Treze bailarinos de tango (cinco mulheres e oito homens, idade 49,6 ± 16,4 anos, massa corporal 72,7 ± 18,6 kg e estatura 1,70 ± 0,08 m) realizaram uma caminhada em velocidade auto selecionada e no estilo tango no papel de líder ao som da música "La Puñalada", composta por Horacio Castellanos em 1937. Um sistema de captura de movimento de oito câmeras a 100 Hz (Vicon Motion System, Oxford, Reino Unido) e um sistema metabólico portátil (K5, Cosmed, Itália) foram utilizados. O comprimento do ciclo, Tempo do ciclo, Frequência do ciclo, Duty Factor, trabalho mecânico externo, trabalho interno, trabalho total, energy recovery e porcentagem de congruência de energia mecânica foram determinados in LabView (versões 2.0–7.1, National Instruments, Austin, EUA) ou Matlab R2018a® (Mathworks, Inc.). T-test foram usados para comparar as diferenças entre as condições para toda as variáveis. <strong>RESULTADOS:</strong> As duas formas de caminhar, não mostraram diferenças significativas de velocidade (p=0.86). Apesar das variáveis ​​espaço-temporais inalteradas (faixa p= 0.54-0.96), na caminhada estilo tango houve um aumento notável no Custo de Transporte (1.64±0.51 vs 3.16±0.9 J.kg<sup>-1</sup>.m<sup>-1</sup>, p≤ 0,001), e uma diminuição de energy recovery (56,6±12,4 vs 45,9±14,2 %, p=0,046) e na eficiência (0,417±0,177 vs 0,228±0,076, p=0,002). Além disso, foi observada uma maior variabilidade na marcha de tango, para a maioria das variáveis, sugerindo potenciais assimetrias. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> A inexistência de diferenças de velocidades entre condições permite-nos assumir que as alterações observadas estão ligadas a alterações de técnica. Portanto, a escolha da música torna-se uma consideração crucial para o uso do tango como estratégia de reabilitação, e, este primeiro estudo sugere a milonga como um subgênero a ser utilizado. Apesar de velocidades semelhantes, as variações estéticas dentro do Tango, aumentam significativamente a demanda energética. Esta é uma consideração inicial importante a ser levada em conta ao usar o tango como uma estratégia de reabilitação. Os resultados obtidos sugerem que fatores não mecânicos, como co-contrações de grupos musculares, poderiam explicar as diferenças observadas. No entanto, estudos adicionais ainda são necessários para determinar as causas dessas mudanças. Analisar assimetrias e atividade muscular a caminhada do Tango pode fornecer percepções sobre o aumento substancial observado na demanda energética.</p> Carol Torres Carlo M. Biancardi Alberto E. Minetti Gabriel Fábrica Copyright (c) 2024 Carlo M. Biancardi, Carol Torres, Alberto E. Minetti, Gabriel Fábrica https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.296 EFEITO DA OBESIDADE NO EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE IDOSOS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/297 <p><strong>INTRODUÇÃO: </strong>O processo de envelhecimento é marcado pela perda de massa muscular, alterações vestibulares, declínio do controle postural e outras mudanças sensoriais que prejudicam o equilíbrio corporal, aumentando os riscos de quedas. Além&nbsp; do envelhecimento, a obesidade também pode estar associada com alterações na função neuromuscular, na funcionalidade geral, no controle&nbsp; postural&nbsp; e&nbsp; no equilíbrio. <strong>OBJETIVO:</strong> Investigar o efeito da obesidade, através do índice de massa corporal-IMC, no equilíbrio estático e dinâmico de idosos. <strong>MÉTODOS:</strong>Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo com amostra por conveniência, formada por participantes de um programa de extensão universitária. Critérios de elegibilidade foram: idade ≥ 60 anos, concordância com o TCLE (CEP/UFRGS 5.993.354), não utilizar órtese ou prótese de membros inferiores, não apresentar patologias prévias que comprometam o equilíbrio. Sessenta idosos foram divididos em 3 grupos de acordo com o IMC: eutróficos (G1; n=23; 68,9±8,1 anos), sobrepesos (G2; n=24; 67,4±5,9 anos) e obesos (G3; n=15; 71,2±9,5 anos). A avaliação incluiu antropometria (peso e altura para cálculo do IMC); valor médio entre 3 repetições de testes de equilíbrio estático: unipodal com olhos abertos e fechados por 30 segundos (EEOA/EEOF) e teste de equilíbrio dinâmico pelo teste Timed up Go (TUG). A análise estatística foi constituída de uma análise descritiva e comparativa entre grupos pelo teste ANOVA com Post Hoc-Tukey (p&lt;0,05; JASP). <strong>RESULTADOS</strong>: Os resultados obtidos no EEOA foram G1 23,25±10,60, G2: 25,27±9,13s, G3: 15,89±12,0 s. Houve uma influência do IMC sobre o EEOA [F(2,59) p=0,026], ocorrendo uma diferença entre os grupos G2 e G3, mas não entre os demais grupos, com tamanho de efeito grande (d Cohen’s=0,899), mostrando que individuos obesos permaneceram menos tempo em apoio unipodal. Nos resultados do EEOF não houveram diferenças significativas entre os grupos (G1:6,38±5,07; G2:6,16±7,226, G3:3,36±3,24). Em relação ao equilíbrio dinâmico TUG evidenciaram que indivíduos com maior IMC executaram o teste em maior tempo (G1:5,88±1,14s; G2 6,34±1,89s e G3 7,77±2,23s) sendo observada diferença entre G1 e G3 (d Cohen’s=1,077) e também entre G2 e G3 (d Cohen’s=0,815). <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS: </strong>Nossos achados demonstram influência da obesidade sobre o equilíbrio estático e dinâmico de idosos, corroborando com outros estudos. É possível observar que idosos obesos conseguem permanecer em apoio único com olhos abertos, por menos tempo em relação ao sobrepeso. Do mesmo modo, os obesos despendem maior tempo para realizar o teste TUG, em relação aos eutróficos e sobrepesos. Deste modo, podemos afirmar que a obesidade influencia de forma negativa o desempenho de equilíbrio estático e dinâmico de idosos, fator que está associado a maior risco de quedas e declínio funcional.</p> Rita de Cássia Chitolina Silva Natan Fensterseifer Machado Lauren Boff Priscilla Cardoso Silva Natã Concatto Licht Andréa Kruger Gonçalves Tais Malysz Copyright (c) 2024 Rita de Cássia Chitolina Silva, Natan Fensterseifer Machado, Lauren Boff, Priscilla Cardoso Silva, Natã Concatto Licht, Andréa Kruger Gonçalves, Tais Malysz https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.297 EFEITO AGUDO DA ESTIMULAÇÃO ANÓDICA CEREBELAR POR CORRENTE CONTÍNUA (ETCC) NO CONTROLE POSTURAL DE ADULTOS JOVENS SAUDÁVEIS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/298 <p><strong>INTRODUÇÃO</strong>: Embora o efeito agudo da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) esteja bem documentado em pacientes, pouco ainda se sabe se a ETCC pode alterar o controle postural de participantes adultos jovens,ativos e saudáveis. <strong>OBJETIVO</strong>: avaliar os efeitos agudos da ETCC anódica cerebelar no controle postural de adultos jovens. <strong>MÉTODOS</strong>: foram avaliados dezessete estudantes universitários ativos (9 mulheres, 22±3 anos, 22,7±2,4 Kg/m2; 8 homens, 23±1,2 anos, 22,8±4,8 Kg/m2) testados em duas ocasiões distintas (intervalo de 15 dias) no laboratório para condição de estimulação cerebelar (2 mA; Microstim tDCS; NKL-Electronic Products; 20 minutos) e sham (placebo). Os participantes concordaram em participar do ensaio clinico (NCT06109727) e assinaram TCLE. O controle postural foi avaliado antes e após a estimulação, medindo os deslocamentos do Centro de Pressão (CoP) em uma plataforma de força durante a postura unipodal em membro inferior dominante e com olhos fechados. Os dados foram analisados através do GEE (modelo de Equações de Estimativas Generalizadas) através SPSS (p&lt;0,05). &nbsp;<strong>RESULTADOS: </strong>Após a estimulação cerebelar, foram observadas diminuições significativas na área da elipse do CoP (de 68,8 ± 65,19 cm2 para 33,03 ± 33,25 cm2, P = 0,03) e RMS ('Root Mean Square') médio-lateral (de 2,1±2,3 cm a 1,33±1,12 cm, P = 0,03). Adicionalmente houve aumento da frequência médio-lateral de 0,84±0,23 para 0,99±0,25 Hz, (P&lt;0,001). Não foram identificadas alterações significativas em outras variáveis do CoP e após estimulação simulada. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS</strong>: Esses resultados mostraram um efeito agudo no equilíbrio corporal de adultos jovens e fisicamente ativos imediatamente após intervenção de ETCC cerebelar.</p> Taís Malysz Maria Grabriella Cusella De Angelis Edilson Fernando Borba Natalia Rocha Palma André Ivaniski Mello Cosme Franklim Buzzachera Leonardo Alexandre Peyrè-Tartaruga Copyright (c) 2024 Taís Malysz, Maria Grabriella Cusella De Angelis, André Ivaniski Mello, Buzzachera Buzzachera, Leonardo Alexandre Peyrè-Tartaruga https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.298 ASPECTOS FISIOMECÂNICOS DOS KATÁS HEIAN SHODAN, NIDAN E SANDAN DE CRIANÇAS CARATECAS SHOTOKAN https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/299 <p><strong>INTRODUÇÃO</strong>: Karatê-Do foi criado no Japão, na ilha de Okinawa, por Gishin Funakoshi no início do século XX. A essência do Karatê-Do Shotokan são os Katás, lutas imaginárias que exigem capacidades físicas, tais como força, velocidade de execução e equilíbrio, exigidas de maneira combinadas (BENEKE et al., 2004). Os Katás constituem sequências de gestos motores que, conforme o nível técnico dos seus praticantes, resultam em elevadas demandas energéticas proporcionando grandes gastos calóricos (FRANCHINI e col., 1996). O presente estudo teve como objetivo comparar o gasto calórico dos Katás Heian Shodan, Heian Nidan e Heian Sandan de 18 meninos praticantes de Karatê-Do Shotokan (idade: 13 &nbsp;&nbsp;1 anos; massa corporal: 52,2 &nbsp;&nbsp;12,2 kg; estatura: 1,58 &nbsp;&nbsp;0,07 m; gordura corporal: 14,5 &nbsp;8,3 %), com experiência mínima de dois anos na prática do Karatê-Do Shotokan, todos graduandos com faixa laranja (4º Kyu). <strong>MÉTODOS</strong>: Os participantes e/ou seus responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (n° 6.278.062). Após o preenchimento da ficha de dados pessoais e o questionário de prontidão para Atividade Física (PAR-Q), os sujeitos foram submetidos a uma avaliação antropométrica, utilizando-se uma balança, um estadiômetro e uma balança de bioimpedância (Xiaomi MI Body Scale 2). Os participantes realizaram os Katás Heian Shodan, Heian Nidan e Heian Sandan, sendo mensurados o gasto calórico, a velocidade de execução e os índices de simetria de cada Katá, através do sensor inercial BAIOBIT. Foi realizado tratamento estatístico com índice de significância de 0,05, no Laboratório de Biomecânica da UNICENTRO. <strong>RESULTADOS</strong>: Apesar das diferenças fisiomecânicas entre os três Katás, não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas (p &gt; 0,05) no gasto calórico, (8,8 &nbsp;&nbsp;2,3; 8,9 &nbsp;2,2; 8,8 &nbsp;&nbsp;2,4 cal), na.velocidade de execução (2,56 &nbsp;0,52; 2,15 &nbsp;0,51; 2,48 &nbsp;0,57 km/h) e no índice de simetria (80,9 &nbsp;9,5; 84,4 &nbsp;8,2; 82,7 &nbsp;10,9). É de conhecimento científico, que os estágios maturacionais, das crianças, podem influenciar na coordenação motora (SILVA e NETO, 2018). A relação entre o gasto calórico e a velocidade de execução de movimentos corporais é complexa e depende de vários fatores tais como a intensidade dos movimentos, a massa muscular envolvida, o tempo de execução e a eficiência mecânica. Exercícios mais rápidos requerem maiores intensidades e, consequentemente, maiores gastos energéticos. Atletas treinados podem realizar movimentos rápidos de maneira mais eficiente, potencialmente reduzindo o gasto calórico em comparação a uma pessoa não treinada (MOURA e col., 2017), algo que provavelmente ocorra com caratecas graduados (a partir do 4º Kyu). <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS: </strong>Conclui-se que crianças graduadas em 4º Kyu de Karatê-Do Shotokan não diferem no gasto calórico quando executam os Katás Heian Shodan, Heian Nidan e Heian Sandan, provavelmente por não apresentarem altercações na velocidade de execução e na simetria dos movimentos corporais, possivelmente resultante da técnica disciplinar da arte marcial e pela provável similaridade maturacional dos avaliados no presente estudo. Novas pesquisas são sugeridas com adultos, caratecas graduados, praticantes de Karatê-Do Shotokan, adotando-se outros Katás preferencialmente, avançados.</p> Tania Cristina Thiem Marcus P Tartaruga João Paulo Orneles Copyright (c) 2024 Tania Cristina Thiem, Marcus P Tartaruga, João Paulo Orneles https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.299 ANÁLISE DO GASTO ENERGÉTICO DE VOLEIBOLISTAS RECREACIONAIS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/300 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> A maioria dos estudos se baseiam em estimativas aproximadas, fundamentadas em equações matemáticas e em dados de atividades físicas similares, consequência de diversas variáveis intervenientes tais como o ambiente dinâmico, o ritmo de jogo, a estratégia tática e a duração da partida, dificultando a realização de coletas de dados individuais, principalmente quando consideradas as funções táticas desempenhadas em quadra. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo comparar o GE de nove voleibolistas recreacionais masculinos especialistas nas funções de central, ponteiro e oposto. <strong>MÉTODOS: </strong>A amostra foi constituída por 9 voleibolistas recreacionais masculinos (3 centrais - idade: 20 ± 4 anos; massa corporal: 67,4 ± 0,8 kg; estatura: 1,75 ± 9,1 m; consumo máximo de oxigênio, VO<sub>2</sub>máx: 58,3 ± 8,7 ml<sup>.</sup>kg<sup>-1.</sup>min; equivalente metabólico da tarefa, MET: 16,7 ± 2,5; 3 pontas - idade: 23 ± 2 anos; massa corporal: 73,8 ± 9,0 kg; estatura: 1,77 ± 4,0 m; VO<sub>2</sub>máx: 61,1 ± 3,8 ml<sup>.</sup>kg<sup>-1.</sup>min; MET: 17,5 ± 1,1; 3 opostos - idade: 23 ± 2 anos; massa corporal: 76,0 ± 4,6 kg; estatura: 1,77 ± 5,0 m; VO<sub>2</sub>máx: 63,0 ± 9,2 ml<sup>.</sup>kg<sup>-1.</sup>min; MET: 18,0 ± 2,6), com experiência mínima de dois anos de prática. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (n° 6.274.624), estando isentos de tratamento farmacológico ou lesões osteoarticulares.&nbsp; <strong>RESULTADOS:</strong> O presente estudo teve como objetivo analisar o GE de voleibolistas recreacionais masculinos nas funções central, ponteiro e oposto, sendo verificada tendências de opostos e pontas apresentarem maiores valores de GE e DP do que centrais. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> &nbsp;Existe uma tendência de jogadores opostos e pontas apresentarem maiores gastos calóricos do que centrais, provavelmente em decorrência de diferenças fisiomecânicas resultantes das funções desempenhadas. Novas pesquisas são sugeridos com maiores números amostrais, além de estudos que venham a relacionar o DP com a distância percorrida em partidas profissionais.</p> Caroline Santos Copyright (c) 2024 Caroline Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.300 QUAL É A TAXA DE AMOSTRAGEM IDEAL PARA CAPTURA DE MOVIMENTO PRECISA DURANTE CAMINHADA E CORRIDA USANDO SISTEMAS SEM MARCADORES? https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/301 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> A análise biomecânica é uma ferramenta essencial para obter dados sobre posições, ângulos, atividade muscular e torques, e a taxa de amostragem é um fator crucial para capturar com precisão a dinâmica do movimento humano. Estudos recentes recomendam uma taxa mínima de 100 Hz para a execução de análises, embora esse requisito possa variar de acordo com as diferentes atividades (Hébert-Losier et al., 2023). Avanços tecnológicos recentes aumentaram a acessibilidade desses sistemas, reduzindo custos e simplificando sua aplicação, eliminando a necessidade de configurações laboratoriais complexas ou pessoal especializado (Turner et al., 2024). Entre esses sistemas, o OpenCap ganhou destaque por facilitar avaliações biomecânicas em diversas atividades (Uhlrich et al., 2023). <strong>MÉTODOS:</strong> Um corredor participou dos testes, que foram realizados em um único dia. Após a calibração dos sistemas Vicon e OpenCap, o participante realizou uma série de testes de caminhada e corrida em uma esteira sem inclinação. Os testes foram realizados nas velocidades de 4, 8 e 14 km/h, com dez registros de aproximadamente 15 segundos coletados em cada velocidade. Um sistema de medição baseado em marcadores utilizando uma configuração de captura de movimento optoeletrônica com 11 câmeras (VICON, Oxford, Reino Unido) foi empregado (120 Hz). A colocação do marcador seguiu o modelo <em>PlugIn Gait Lower Body</em>. Para o sistema sem marcadores, três setups do OpenCap foram configurados, cada uma usando dois iPhones operando em diferentes taxas de captura (60, 120 e 240 Hz). Foram calculados os erros absolutos e relativos, juntamente com os Coeficientes de Correlação Intraclasse (ICCs [2,k]) para os dados espaço-temporais. Para os dados angulares, foram utilizados cálculos do erro quadrático médio (RMSE). <strong>RESULTADOS:</strong> Foram analisadas 842 passadas (256 passadas a 4 km/h, 188 passadas a 8 km/h e 398 passadas a 14 km/h). A transformada de Fourier (FFT) dos dados do OpenCap revelou frequências máximas de aproximadamente 3 Hz (calcanhar) a 4 km/h, 6 Hz (joelho, calcanhar e dedo do pé) a 8 km/h e 7 Hz (joelho e dedo do pé) a 14 km/h. Em comparação, o sistema baseado em marcadores registrou frequências máximas de aproximadamente 4,1 Hz (Toe) a 4 km/h, 5 Hz (calcanhar e tornozelo) a 8 km/h e 6 Hz (calcanhar e dedo do pé) a 14 km/h. Os coeficientes de correlação intraclasse (CCI) para o comprimento da passada indicaram excelente concordância entre todos os sistemas (&gt;0,900). Os valores de RMSE para os ângulos articulares do quadril, joelho e tornozelo variaram de 0,771 ± 0,241 a 9,678 ± 0,409° entre os sistemas, com o maior erro observado nas medidas do OpenCap, atingindo 4,962 ± 0,491°. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Este estudo demonstrou que o sistema OpenCap fornece dados confiáveis para análises espaciais e angulares durante a caminhada e corrida em esteira. Os resultados indicam que, embora taxas de amostragem mais altas, como 120 Hz e 240 Hz, ofereçam maior precisão em velocidades mais altas, o OpenCap a 60 Hz continua sendo uma opção viável, equilibrando efetivamente acessibilidade e confiabilidade.</p> Lucas de Liz Alves Edilson Fernando de Borba Natália Rocha Palma Augusto Rossa Inda Gustavo de Oliveira Hoffmann Edson Soares da Silva Leonardo Alexandre Peyre-Tartaruga Marcus Peikriszwili Tartaruga Copyright (c) 2024 Lucas de Liz Alves, Edilson Fernando de Borba, Natália Rocha Palma, Augusto Rossa Inda, Gustavo de Oliveira Hoffmann, Edson Soares da Silva, Leonardo Alexandre Peyre-Tartaruga, Marcus Peikriszwili Tartaruga https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.301 ANÁLISE VISUAL E TECNOLOGIA SEM MARCADORES: APRIMORANDO A PRECISÃO NA AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE CORRIDA https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/302 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> A análise visual permite que o treinador conduza uma análise rápida e objetiva, produzindo resultados de forma eficiente com os requisitos mínimos de equipamento&nbsp; (Gindre et al., 2015). Apesar de sua praticidade, a avaliação visual enfrenta limitações, com precisão variando de acordo com as características específicas do esporte (Thompson et al., 2009). <strong>MÉTODOS:</strong> Dezesseis corredores recreativos participaram deste estudo (idade 46,2 ± 13,0 anos, altura 171,8 ± 9,6 cm, peso corporal 75,4 ± 13,2). A técnica de corrida foi avaliada usando o método Volodalen<sup>®</sup> para classificar os corredores como aéreos ou terrestres (Lussiana et al., 2017). Os registros cinemáticos foram realizados usando o software OpenCap (Uhlrich et al., 2023). Para quantificar a magnitude das diferenças, foi aplicada a análise do tamanho do efeito (d de Cohen). A correlação produto-momento de Pearson foi usada para analisar as relações entre a classificação de Volodalen<sup>®</sup> e as variáveis sem marcadores. Uma análise de aprendizado de máquina supervisionada foi conduzida usando a técnica de árvore de decisão. As métricas de avaliação do modelo incluíram análise de precisão, matriz de confusão e curva ROC (Receiver Operating Characteristic). <strong>RESULTADOS:</strong> A análise incluiu 170 passadas, sendo 90 passadas alocadas para o grupo aéreo e 80 passadas para o grupo terrestre. O grupo aéreo exibiu oscilação de centro de massa significativamente maior, com alcance de aproximadamente 0,02 m (p = &lt; 0,001). O sistema sem marcadores identificou com sucesso uma maior amplitude de movimento nas flexões do cotovelo e do braço em corredores terrestres em comparação com corredores aéreos (p = 0,026 e &lt; 0,001, respectivamente). A avaliação de desempenho baseada na acurácia do arvore de decisões indicou a excelente capacidade de classificação do modelo, alcançando 0,94% de acurácia no conjunto de testes. Para os indivíduos com flexão do quadril &lt;31,2°, o critério subsequente foi a posição do pé na aterrissagem: valores ³0,126 (m) levaram à classificação de 42 indivíduos como aéreos, enquanto valores&nbsp; &lt;0,122 (m) classificaram 15 indivíduos como terrestres. Para aqueles com flexão do quadril ³31,2°, a flexão do joelho na aterrissagem tornou-se o critério secundário. Os valores de flexão do joelho ³20,6° classificaram 10 indivíduos como aéreos, enquanto os valores &lt;20,6° classificaram 41 indivíduos como terrestres. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Nossos achados indicam que o sistema sem marcadores identifica efetivamente padrões biomecânicos associados às técnicas de corrida aérea e terrestre, corroborando as observações subjetivas feitas usando o método Volodalen<sup>®</sup>. As correlações significativas entre as variáveis angulares e espaço-temporais com o escore V<sup>®</sup> sugerem que as técnicas de corrida podem ser objetivamente distinguidas usando o OpenCap, fornecendo uma alternativa válida e precisa ao método subjetivo. O modelo de aprendizado de máquina baseado em árvore de decisão demonstrou excelente precisão na classificação de corredores em grupos aéreos e terrestres, utilizando apenas algumas variáveis biomecânicas. Este resultado destaca a flexão do quadril, a flexão do joelho e a posição do pé no DT como fatores-chave na distinção das técnicas de corrida.</p> Edson Soares da Silva Edilson Fernando de Borba Daiane Sandi Lucas de Liz Alves Bilal Mohamad Ibrahim Leonardo Alexandre Peyre-Tartaruga Marcus Peikriszwili Tartaruga Copyright (c) 2024 Edson Soares da Silva, Edilson Fernando de Borba, Daiane Sandi, Lucas de Liz Alves, Bilal Mohamad Ibrahim, Leonardo Alexandre Peyre-Tartaruga, Marcus Peikriszwili Tartaruga https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.302 VALIDAÇÃO DE SENSORES INERCIAIS VESTÍVEIS PARA MONITORAMENTO DA RCP: COMPARAÇÃO ENTRE DISPOSITIVOS E IMPLICAÇÕES PARA TREINAMENTO E ATENDIMENTO EM PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/303 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> A parada cardíaca é um evento cardiovascular crítico, geralmente associado a condições isquêmicas do miocárdio (Lavonas et al., 2023). No Brasil, aproximadamente 400 mil pessoas faleceram em 2022 devido a episódios cardiovasculares (George A et al., 2023). As chances de sobrevivência durante uma parada cardíaca aumentam de duas a três vezes quando manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) são aplicadas rapidamente, antes da chegada da assistência médica. Estudos mostram que a taxa de sobrevivência é 18,3% maior em pessoas que receberam RCP (25,4%) em comparação às que não receberam (7,1%) (Riva et al., 2020). A eficiência da RCP depende de dispositivos com recursos instrucionais e feedback, que ajudam a garantir a qualidade da manobra (Olasveengen et al., 2020). Embora existam diversas aplicações para smartphones, há pouca exploração no uso de sensores vestíveis para monitoramento eficaz da massagem, o que poderia aumentar a taxa de sobrevivência do paciente. <strong>MÉTODOS:</strong> Vinte adultos saudáveis participaram do estudo. Eles realizaram manobras de RCP em um manequim (Little Anne QCPR, Laerdal Medical), que monitorou, orientou e avaliou a acurácia da massagem. Além disso, a massagem foi monitorada por dados de aceleração captados por um relógio de pulso (Apple Watch Series 5) preso ao punho esquerdo (200 Hz) e um acelerômetro (VICON, Oxford, Reino Unido) fixado no punho direito (1144 Hz). A cinemática dos movimentos foi registrada com um smartphone (iPhone 12, modelo A2403) (60 Hz) e processada com o software Kinovea. Os dados de aceleração foram integrados para calcular o deslocamento. As variáveis descritivas foram analisadas por média e desvio-padrão. Utilizou-se ANOVA de medidas repetidas para comparar os ciclos de RCP, e a análise de concordância de Bland-Altman avaliou a adequação dos dados do relógio para mensurar a RCP. <strong>RESULTADOS:</strong> Foram analisados 5596 ciclos de RCP. Não houve diferença significativa no tempo de ciclo entre o acelerômetro, o vídeo e o relógio (F = 1,026, p = 0,363). Na medida de deslocamento, a diferença entre os dados do relógio e os valores medidos foi de 0,737 cm para compressão e 0,733 cm para relaxamento. A acurácia média reportada pelo manequim foi de 98,6 ± 1,6%, enquanto a acurácia calculada pelo deslocamento foi de 62,1 ± 16,2%. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Este estudo demonstrou que as medidas fornecidas por sensores inerciais de dispositivos vestíveis (smartwatches) são válidas para monitorar o tempo e o deslocamento durante manobras de RCP. Esses dispositivos podem ser úteis tanto para treinamento quanto para cenários reais de parada cardiorrespiratória. A discrepância na acurácia indicada pelo manequim de treinamento sugere uma indução ao erro durante o aprendizado com esse tipo de sistema. A utilização segura dos dados de sensores inerciais integrados no desenvolvimento de algoritmos preditores de movimento pode aprimorar a qualidade da RCP e aumentar a chance de sobrevivência dos pacientes.</p> Yhandra Karla Piaz Edilson Fernando de Borba Luís Henrique Gabira Perez Sara Batista Honorato André Luiz Felix Rodacki Anderson Zampier Ulbrich Copyright (c) 2024 Yhandra Karla Piaz, Edilson Fernando de Borba, Luís Henrique Gabira Perez, Sara Batista Honorato, André Luiz Felix Rodacki, Anderson Zampier Ulbrich https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.303 RELAÇÃO ENTRE IMC E VO2MÁX DE CRIANÇAS COM IDADE DE 7 A 11 ANOS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/304 <p><strong>INTRODUÇÃO: </strong>A capacidade cardiorrespiratória, representada pelo VO2 máximo, é influenciada por diversos fatores, como a composição corporal e a eficiência cardiovascular. Crianças com maior massa magra e menor porcentagem de gordura corporal apresentam melhor desempenho em testes físicos, enquanto um índice de massa corporal (IMC) elevado, resultante de maior massa gorda, tende a impactar negativamente a eficiência cardiorrespiratória. O objetivo deste estudo é investigar como o IMC e o VO2 máximo influenciam a classificação da aptidão física em crianças, utilizando modelagem preditiva para quantificar o impacto de cada variável. <strong>MÉTODOS: </strong>Este estudo transversal contou com uma amostra de crianças em idade escolar. Foram coletados dados de IMC e VO2 máximo dos participantes, utilizando balanças antropométricas e testes de corrida em esteira para medir a eficiência cardiorrespiratória. Os dados foram analisados através de modelos de regressão logística, buscando identificar padrões de classificação da aptidão física com base nos quartis de IMC. <strong>RESULTADOS: </strong>Os resultados indicam uma tendência de redução no VO2 máximo conforme os quartis de IMC aumentam. Participantes nos quartis superiores (Q3 e Q4) apresentaram valores menores de VO2 máximo, sugerindo uma menor eficiência no consumo de oxigênio. Essa relação é possivelmente explicada pelo impacto negativo do excesso de massa gorda no sistema cardiovascular, o que sobrecarrega o organismo durante atividades físicas de maior intensidade. Em contrapartida, crianças nos quartis mais baixos de IMC (Q1 e Q2) demonstraram melhor capacidade cardiorrespiratória e um maior potencial de desempenho em testes de aptidão. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS: </strong>Os resultados evidenciam que um IMC moderado está associado a melhores níveis de VO2 máximo e, consequentemente, a uma maior capacidade cardiorrespiratória. Participantes com IMC mais elevado estão mais propensos a menores valores de VO2 máximo, o que pode indicar riscos potenciais de problemas cardiorrespiratórios e um desempenho físico reduzido. Assim, manter um IMC saudável pode beneficiar o desempenho cardiorrespiratório em crianças.</p> Arthur Guerreiro Luiz Augusto da Silva Copyright (c) 2024 Arthur Guerreiro; Luiz Augusto da Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.304 EFEITO DE UM TREINO PROPRIOCEPTIVO PREVENTIVO NO EQUILÍBRIO DINÂMICO DE ATLETAS DE VOLEIBOL: EXPERIÊNCIA DE ATIVIDADE EXTENSIONISTA https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/305 <p><strong>INTRODUÇÃO: </strong>A propriocepção é uma capacidade sensorial importante que permite ao atleta perceber sua posição e movimentação no espaço; e tem sido implementada no contexto esportivo com o objetivo diminuir o risco de lesões e potencializar o desenvolvimento físico-funcional (Rodrigo De Carvalho et al., 2015). Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito de um treinamento proprioceptivo preventivo, em atletas de voleibol, no equilíbrio dinâmico. <strong>MÉTODOS: </strong>As observações deste estudo foram oriundas das atividades desenvolvidas no projeto de extensão “Avaliação e Reabilitação fisioterapêutica preventiva e recuperativa, com foco em biodinâmica integrativa, à atletas hígidos e paratletas de Cascavel/PR e região”, do curso de Fisioterapia da Unioeste. O uso do banco de dados do referido projeto já foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade (parecer: 6.679.894). As atividades foram desenvolvidas com a equipe masculina do Vôlei Clube Cascavel/PR. O equilíbrio dinâmico foi avaliado pelo Y-Teste (Plisky et al., 2021; Slongo et al., 2024), pelo escore composto expresso em valores percentuais, antes e após a intervenção proprioceptiva. A intervenção proprioceptiva foi aplicada com frequência de 3 vezes na semana, por 6 semanas, com duração média de cerca de 25 min cada sessão. As atividades foram ministradas em forma de circuito, com tarefas envolvendo propriocepção, equilíbrio e recrutamento dos músculos estabilizadores lombopélvicos. O grau de complexidade dos exercícios foi aumentado progressivamente, com 3 mesociclos distintos de 2 semanas cada, tendo como norteador a intensidade do desafio à estabilidade do centro de massa (CM), variando nível de apoio (bipodal a unipodal), superfície (estável a instável), participação visual (visão focada na tarefa, visão desviada da tarefa, privação da visão) e tarefa associada (sem tarefa associada, tarefa não relacionada ao gestual desportivo, tarefa relacionada ao gestual desportivo) (Carvalho et al., 2007): meso_1, focado em exercícios com nenhum ou baixo desafio à estabilidade do CM; meso_2, focado em exercícios com moderado a alto desafio à estabilidade do CM; meso_3, focado em exercícios com moderado a alto desafio à estabilidade do CM associado à tarefas relacionadas ao gestual esportivo. O teste estatístico utilizado foi o modelo generalized linear model (GzLM).<strong> RESULTADOS:</strong> Foram acompanhados 23 atletas (16,2±0,8 anos; 73,5±6,6 kg, 1,81±7,6 m), embora apenas 10 atletas tenham realizado a avaliação final, pois houve um evento climático na cidade que dificultou a chegada dos atletas ao local de avaliação, sendo esta uma limitação do estudo. Houve diferença estatística entre os momentos de avaliação (F[1] = 9,67 e p = 0,011). O escore final (97,2±1,5%) foi em média 4,15% maior que o escore inicial (93,2±1,2%). <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> O treino proprioceptivo parecer otimizar o equilíbrio dinâmico.</p> Pheterson Vinicius Bonatto Arthur Henrique Guimarães Garcia Felipe Garcia Lisboa Mateus Vinicius Schreiber Érica Giovana Gerhardt Grisa Caetano Fonseca da Encarnação Luis Henrique Luft da Costa Alberito Rodrigo de Carvalho Helenara Salvati Bertolossi Moreira Copyright (c) 2024 Pheterson Vinicius Bonatto, Arthur Henrique Guimarães Garcia, Felipe Garcia Lisboa, Mateus Vinicius Schreiber, Érica Giovana Gerhardt Grisa, Caetano Fonseca da Encarnação, Luis Henrique Luft da Costa, Alberito Rodrigo de Carvalho, Helenara Salvati Bertolossi Moreira https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.305 O EFEITO DO APRENDIZADO MOTOR NA REPRODUTIBILIDADE DE TESTES DE ESTABILIZAÇÃO LOMBOPELVICA EM ADULTOS JOVENS: ESTUDO OBSERVACIONAL TRANSVERSAL https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/306 <p><strong>INTRODUÇÃO: </strong>&nbsp;O controle muscular lombopélvico (músculos transverso do abdômen e multífidos lombar) é responsável pelo alinhamento da pelve e da coluna toracolombar durante o equilíbrio estático e dinâmico. Dessa forma, o treinamento motor central tem demonstrado melhora no desempenho do controle lombopélvico e no sinergismo muscular a fim de melhorar o recrutamento muscular e retreinamento do movimento ideal. <strong>OBJETIVO:</strong> Verificar o efeito do aprendizado motor na reprodutibilidade de medidas de estabilização lombopélvica, tanto dinâmica quanto estática, em indivíduos saudáveis. <strong>MÉTODOS:</strong> Amostra composta por 20 voluntários (♀ = 14 e ♂ = 6; massa corporal 71,0±17,4 kg; estatura 1,68±0,09 m; comprimento de membros inferiores 0,8 ±0,06 m). As medidas de Estabilidade Dinâmica (ED) e Estática (EE) dos músculos profundos da região lombopélvica foram avaliadas por uma unidade pressórica de biofeedback (UPB) Stabilizer; com ênfase na ação muscular do Transverso do Abdômen (retroversão pélvica [EE_trans]) e do Multífido Lombar (anteversão pélvica [EE_multi]) para EE; e apenas na ação muscular do Transverso do Abdomên para ED. As avaliações ocorreram em 3 sessões distintas, com protocolo idêntico: i) teste; ii) reteste_1 (24h após a familiarização); iii) reteste_7 (7 dias após a familiarização). Foram solicitadas 5 tentativas, com intervalo de dois minutos entre cada uma delas, e registrada a pressão média sustentada durante cada contração. Caso o valor pressórico na última medida tenha sido maior 10% da anterior, nova medida foi realizada até que tal diferença fosse menor que 10%. A reprodutibilidade foi testada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC). <strong>RESULTADOS: </strong>Os achados de reprodutibilidade entre as avaliações (ICC, em valores percentuais, [intervalo de confiança – 95%], classificação da força da confiabilidade); p-valor) foram: EE_trans (teste*reteste_1*reteste_7= 0,77[0,58 a 0,89], boa; p&lt;0,001); teste*resteste_1=0,81[0,58 a 0,92], boa; p&lt;0,001); teste*reteste_7=0,62[0,24 a 0,83], moderada; p=0,002); EE_multi (teste*reteste_1*reteste_7= 0,52[0,25 a 0,75], moderada; p=0,001); teste*resteste_1=0,55[0,15 a 0,79], moderada; p=0,005); teste*reteste_7=0,39[-0,05 a 0,71], pobre; p=0,073); ED (teste*reteste_1*reteste_7= 0,87[0,74 a 0,94], boa; p&lt;0,001); teste*resteste_1=0,81[0,58 a 0,92], boa; p&lt;0,001); teste*reteste_7=0,85[0,67 a 0,94], boa; p=0,002). <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS: </strong>A reprodutividade para EE_trans e ED foi boa no geral, enquanto que para EE_multi foi moderada. Quando o intervalo foi de apenas 1 dia, as reprodutibilidades foram melhores que aquelas com intervalo de 7 dias, sugerindo efeito de aprendizado motor. Dessa maneira, sugere-se que há a possibilidade do teste de multífidos com o uso do Stabilizer não seja a opção mais eficaz.&nbsp;</p> Geovanna Flores Righetto Bruna Anastácio Briere Estela Hoff Jaline Rossato Rebeca Ferreira Dias Aline Bloemer Alberito Rodrigo de Carvalho Copyright (c) 2024 Geovanna Flores Righetto, Bruna Anastácio Briere, Estela Hoff, Jaline Rossato, Rebeca Ferreira Dias, Aline Bloemer, Alberito Rodrigo de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.306 ARQUITETURA MUSCULAR E DESFECHOS FÍSICO-FUNCIONAIS DE IDOSOS ADMITIDOS EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR USUÁRIOS E NÃO USUÁRIOS DE OXIGENIOTERAPIA DOMICILIAR https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/307 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> As doenças cardiopulmonares estão associadas a mudanças no músculo esquelético, como redução da massa e força muscular. É relatado que a suplementação de oxigênio promove efeito muscular, com redução da disfunção muscular, menor produção de ácido lático e diminuição da ativação dos metaboergoreceptores musculares, diminuindo o estímulo ventilatório. Nesse sentido, é essencial avaliar a arquitetura muscular de pacientes admitidos em programas de reabilitação cardiopulmonar, já que essas intervenções visam melhorar a capacidade de exercício e a disfunção muscular. O objetivo foi avaliar e correlacionar a arquitetura muscular e desfechos físico-funcionais em idosos admitidos no serviço de reabilitação cardiopulmonar. <strong>MÉTODOS:</strong> Estudo transversal, realizado com dezenove idosos com doença cardiopulmonar admitidos no serviço de Reabilitação Cardiopulmonar da Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste. A arquitetura muscular do gastrocnêmio e vasto lateral foi avaliada pela análise ultrassonográfica sendo mensurados o ângulo de penação (AP), comprimento do fascículo (CF) e espessura muscular (EM). Os desfechos físico-funcionais incluíram velocidade da marcha (VM) (teste de 10 metros), força isométrica de flexores plantares e extensores do joelho (dinamômetro manual Lafayete), mobilidade funcional (Time up and go (TUG)) força dos membros inferiores (sentar e levantar 5 vezes (SL5x)) e desempenho funcional (Short Physical Performance Battery (SPPB)). As variáveis foram correlacionadas pelo teste de Spearman.&nbsp; <strong>RESULTADOS:</strong> Foram avaliados 19 pacientes, sendo 5 pacientes (69,6 ± 6,84 anos) usuários de oxigênio suplementar e 14 (74,14 ± 6,17 anos) não dependentes de oxigênio. Nos pacientes que utilizam oxigenioterapia, foram observadas correlações positivas e significativas entre o ângulo de penação do gastrocnêmio e desempenho físico (SPPB) (r=0,88; p=0,040), comprimento do fascículo do gastrocnêmio e força isométrica de plantiflexores do tornozelo (r=0,99;p=0,007),comprimento do fascículo do gastrocnêmio e velocidade da marcha (r=0,95; p=0,044), força isométrica de extensores do joelho e SPPB (r=0,92, p=0,025) força isométrica de plantiflexores do tornozelo (r=0,99;p=0,007) e velocidade da marcha (r=0,95; p=0,044) e TUG e SL5x (r=0,91; p=0,028). Foi observada correlação negativa entre força isométrica dos extensores do joelho e SL5x (r=-0,88; p=0,043). Nos pacientes que não fazem uso de oxigênio, foram observadas correlações positivas entre o ângulo de penação do gastrocnêmio e ângulo de penação do vasto lateral (r=0,71; p=0,007), comprimento do fascículo do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do vasto lateral (r=0,61; p=0,027), força isométrica dos plantiflexores e velocidade da marcha (r=0,615; p=0,019) e TUG e SL5x (r=0,797; p=0,001). Foram observadas correlações negativas entre ângulo de penação do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do gastrocnêmio (r=-0,75; p=0,002), ângulo de penação do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do vasto (r=-0,70; p=0,007), ângulo de penação do vasto e comprimento do fascículo do gastrocnêmio (r=-0,70; p=0,007) comprimento do fascículo do vasto e ângulo de penação do gastrocnêmio (r=-0,70;p=0,007), TUG e SPPB (r=-0,69; p=0,006) e SL5x e SPPB (r=-0,94; p=0,000). <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Nos pacientes usuários de oxigênio, a arquitetura muscular avaliada por ultrassonografia mostrou estar correlacionada apenas com os desfechos físico-funcionais enquanto nos pacientes não usuários de oxigênio, os desfechos da arquitetura muscular do gastrocnêmio e vasto lateral correlacionaram-se entre si mas não se correlacionaram com desfechos físico-funcionais.</p> Adriele Santos Sobutka Ana Cecília Kauka de Lima Bruna Luiza de Andrade Maria Cecília Alves Ferreira Christiane Riedi Daniel Marcos Vinicius Soares Martins Hilana Rickli Fiuza Martins Copyright (c) 2024 Adriele Santos Sobutka, Ana Cecília Kauka de Lima, Bruna Luiza de Andrade, Maria Cecília Alves Ferreira, Christiane Riedi Daniel, Marcos Vinicius Soares Martins, Hilana Rickli Fiuza Martins https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.307 ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE IMC E VO₂ MÁXIMO EM CRIANÇAS DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/308 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> Este estudo explora a relação entre o índice de massa corporal (IMC) e o consumo máximo de oxigênio (VO₂ máximo) em crianças de diferentes faixas etárias. Entender como esses fatores se correlacionam pode fornecer insights sobre a aptidão física infantil e ajudar a identificar tendências de desempenho cardiorrespiratório associadas ao IMC e à idade. <strong>MÉTODOS:</strong> A relação entre IMC e VO₂ máximo foi analisada em um conjunto de dados com crianças entre 7 e 11 anos, utilizando um gráfico de dispersão que mapeia as variações de VO₂ máximo conforme o IMC, codificando as faixas etárias por cor. Os dados foram coletados de avaliações físicas padronizadas para garantir consistência e precisão. <strong>RESULTADOS:</strong> O gráfico indica que crianças com IMC entre 15 e 20 apresentam uma maior variabilidade de VO₂ máximo, sugerindo uma zona de "IMC ótimo" para desempenho cardiorrespiratório. As faixas etárias mais baixas (representadas por cores mais escuras) tendem a ter menores valores de IMC, enquanto os valores de VO₂ máximo diminuem gradualmente conforme o IMC aumenta acima de 25. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> A análise visual sugere que crianças com IMC moderado tendem a ter melhor aptidão cardiorrespiratória, especialmente em idades mais jovens. Esses resultados reforçam a importância de manter um IMC equilibrado para otimizar o desempenho físico, destacando a influência da composição corporal na saúde infantil.</p> Maria Carolina Schon Luiz Augusto da Silva Copyright (c) 2024 Maria Carolina Schon, Luiz Augusto da Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.308 EFEITOS DA DUPLA TAREFA (MOTORA-MOTORA E MOTORA-COGNITIVA) NA CAMINHADA DE ADULTOS JOVENS SAUDÁVEIS: ALTERAÇÕES ESPAÇO-TEMPORAIS SEM MODIFICAÇÕES DA BIOMECÂNICA DE TORNOZELO https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/309 <p><strong>INTRODUÇÃO:</strong> A caminhada humana envolve um complexo e coordenado movimento dos segmentos corporais com demandas motoras e de atenção cognitiva. A dupla tarefa (DT) é definida pela execução simultânea de duas tarefas, como caminhar segurando um copo (DT motora-motora), ou caminhar enquanto realiza operações matemáticas (DT motora-cognitiva). A Caminhada em DT requer mediação das funções do sistema cognitivo afetando o foco atencional, a memória de trabalho e o controle executivo. <strong>OBJETIVO: </strong>Analisar as mudanças dos parâmetros espaço temporais e angulares do tornozelo durante caminhada sem e com DT motora-motora e motora-cognitiva.<strong> MÉTODOS:</strong> vinte adultos saudáveis (mulheres e 10 homens; 24,0 ± 3,1 anos, 70,0 ± 16,2 kg, 1,70± 0,07 m), realizaram duas visitas com intervalo de uma semana. Foram incluídos os participantes que não tivessem histórico de doenças neurológicas ou psicológicas; bem como lesões que afetassem a marcha. O protocolo do teste continha três situações de caminhada: caminhar digitando no celular (DT motora), caminhar realizando subtrações (DT cognitiva) e apenas caminhar (controle). Para todos os testes, os participantes caminharam a 4,5 km/h. Na condição DT cognitiva, o participante deveria realizar subtração contínua de três de um determinado número inicial enquanto caminhava. Para a condição DT motora, os participantes&nbsp; deveriam enviar mensagem em seu celular pessoal escrevendo três frases que foram ditadas durante o teste enquanto caminhavam com demandas motoras e de atenção cognitiva. Os dados cinemáticos do plano sagital de movimento foram coletados por meio do sistema OpenCap (60 Hz). O processamento do sinal foi realizado em rotina matemática customizada em linguagem Python, e as curvas brutas foram filtradas com um filtro passa-baixa Butterworth (6 Hz, 4ª ordem) os dados foram apresentados como média, desvio padrão e intervalos de confiança de 95%. O nível de significância adotado foi de α = 0,05 . Os testes utilizados foram a Equação de Estimativa Generalizada (GEE) e a Análise de Variância (ANOVA One-way). <strong>RESULTADOS:</strong> No total, foram analisadas 4.854 passadas dos 20 sujeitos e calculadas média, desvio padrão e IC 95% de cada variável. A condição DT cognitiva em comparação com a DT motora teve maiores tempos de passada, comprimento de passada e tempo de contato. Nas comparações entre controle e DT motora ou DT cognitiva não foi vista para tempo de passada, comprimento de passada ou tempo de contato. O ângulo do tornozelo em sua amplitude total de movimento (Wald χ2: 2,154; gl: 3; P = 0,541) não teve diferença em nenhuma condição de caminhada. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> DT motora-motora e DT motora-cognitiva por adultos jovens saudáveis afetaram os parâmetros espaço-temporais de caminha, enquanto o ângulo do tornozelo não foi afetado pela DT. Portanto, a realização de DT altera a organização espaço-temporal de passada, enquanto a biomecânica da articulação distal de membro inferior parece ser resistente à execução de DT durante caminhada por adultos jovens saudáveis.</p> Natália Rocha Palma André Ivaniski-Mello Edilson Fernando De Borba Tais Malysz Leonardo Peyré-Tartaruga Copyright (c) 2024 Natália Rocha Palma, André Ivaniski-Mello, Edilson Fernando De Borba, Tais Malysz, Leonardo Peyré-Tartaruga https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.309 A INFLUÊNCIA DO VOLUME DE TREINO E DO FORTALECIMENTO MUSCULAR NA OCORRÊNCIA DE LESÕES EM TRIATLETAS AMADORES https://revistavoos.com.br/index.php/sistema/article/view/310 <p><strong>INTRODUÇÃO: </strong>O triathlon é caracterizado por sua natureza multidisciplinar, envolvendo a execução sequencial de natação, ciclismo e corrida no mesmo evento. Com formatos que variam de provas curtas a distâncias longas, a modalidade exige planejamento cuidadoso e alto volume de treinamento semanal. Por treinarem simultaneamente em três disciplinas, os triatletas geralmente apresentam um volume e intensidade de treinamento total maiores do que atletas de esportes individuais. Apesar dos avanços recentes no entendimento dos desafios fisiológicos e bioquímicos do treinamento, volumes elevados de treino ainda podem aumentar o risco de lesões e afastamentos. Este estudo teve como objetivo investigar a relação entre o volume semanal de treino, o uso de planilhas de treino, a prática de fortalecimento muscular e a prevalência de lesões em triatletas amadores, com foco em identificar potenciais associações com afastamentos de treinos e competições ao longo do último ano. <strong>MÉTODOS: </strong>Estudo transversal com 35 triatletas (24 homens e 11 mulheres, 24 a 67 anos), avaliados por meio de um questionário online. Foram coletados dados sobre histórico de lesões, volume semanal de treino, prática de fortalecimento muscular e uso de planilha de treino. A principal variável de desfecho foi a ausência nos treinos por lesões no último ano. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial, aplicando-se o teste Qui-quadrado e o teste Mann-Whitney para análise das associações e comparações entre grupos, adotando nível de significância de 5%.<strong> RESULTADOS: </strong>Dos 35 triatletas avaliados, 88,6% afirmaram realizar fortalecimento muscular regularmente, enquanto 68,6% utilizam planilhas de treino para estruturar suas atividades. A maioria dos participantes (65,7%) não se ausentou dos treinos devido a lesões no último ano. Os testes estatísticos não indicaram associações significativas entre as variáveis analisadas. O teste Qui-quadrado mostrou que a prática de fortalecimento muscular não está associada à ausência por lesões (χ2=0,00;p=1,00\chi^2 = 0,00; p = 1,00χ2=0,00;p=1,00). De forma semelhante, não houve associação significativa entre o uso de planilha de treino e a ocorrência de lesões (χ2=2,22;p=0,33\chi^2 = 2,22; p = 0,33χ2=2,22;p=0,33). Além disso, ao comparar o volume semanal de treino entre triatletas que se ausentaram ou não devido a lesões, o teste de Mann-Whitney não revelou diferenças estatisticamente significativas (p=0,30p = 0,30p=0,30). Esses resultados sugerem que o volume de treino, o fortalecimento muscular e o uso de planilhas, isoladamente, não são fatores determinantes na ocorrência de lesões dentro da amostra analisada.<strong> CONSIDERAÇÕES FINAIS: </strong>A prevalência de lesões observada foi relativamente baixa, corroborando estudos anteriores que apontam o papel protetor do fortalecimento muscular no treinamento de triathlon. No entanto, os dados deste estudo não suportam a hipótese de que a prática regular de fortalecimento ou o uso de planilhas de treino estejam associados a uma menor frequência de lesões. Embora os resultados não tenham mostrado associações estatisticamente significativas, a continuidade do fortalecimento muscular é recomendada, considerando seus potenciais benefícios para a economia de movimento e a redução da fadiga. Estudos futuros com amostras maiores e análise de variáveis como intensidade e qualidade do treino são necessários para aprofundar o entendimento desses fatores.</p> Alessandra Linzmeyer Ernesto Nobuyuki Terabayashi Tanabe Iully Tiyoko Rebelatto Suguiura Lana Brandl Bianca Camilia Borges dos Santos Rebeca Ferreira Dias Copyright (c) 2024 Alessandra Linzmeyer, Ernesto Nobuyuki Terabayashi Tanabe, Iully Tiyoko Rebelatto Suguiura, Lana Brandl, Bianca Camilia Borges dos Santos, Rebeca Ferreira Dias https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-12-09 2024-12-09 20 S1 10.69876/rv.v20iS1.310