COMPARAÇÃO DO GASTO ENERGETICO DE BAILARINAS DE DIFERENTES ESTILOS DE DANÇA: BALLET E DANÇAS URBANAS
DOI:
https://doi.org/10.69876/rv.v20iS1.291Palavras-chave:
Biomecânica, Eficiência Mecânica, EquilíbrioResumo
INTRODUÇÃO: O Ballet Clássico surgiu em Paris no século XVI como uma dança da nobreza, popularizando-se no reinado de Luís XIV (ZONTA, 1994). Em contrapartida, a Dança Urbana, com estilos como break e hip-hop, nasceu nas comunidades afro e latino-americanas dos EUA nas décadas de 1960 e 1970 (ARAÚJO e PRODÓCIMO, 2022). O gasto calórico nas expressões corporais depende da técnica, intensidade, tempo de execução e do condicionamento físico do executando. Enquanto o Ballet Clássico foca na técnica refinada e controle, a Dança Urbana prioriza energia explosiva e criatividade, ambos sendo fisicamente exigentes, mas com abordagens distintas (SCHANTZ e ASTRAND, 1984; LIPSET e LOW, 2020) Também, há uma dificuldade em caracterizar e/ou estudar ambas as modalidades devido à escassez de pesquisas sobre os mecanismos fisiomecânicos envolvidos nestas manifestações corporais. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo comparar o gasto calórico de bailarinas de Ballet Clássico com dançarinas de danças urbanas, todas recreacionais. MÉTODOS: O presente estudo teve como objetivo comparar o gasto calórico de bailarinas de Ballet Clássico (8 bailarinas; idade: 17 ± 2 anos; massa corporal: 57,1 ± 7,8 kg; estatura: 1,63 ± 5,59 m; gordura corporal: 19,4 ± 4,1 %; consumo máximo de oxigênio - VO2máx: 35,9 ± 9, 4 ml.kg-1.min) com dançarinas de danças urbanas (8 dançarinas; idade: 23 ± 6 anos; massa corporal: 71,6 ± 18,1 kg; estatura: 1,65 ± 6,93 m; gordura corporal: 23,1 ± 11,5 %; VO2máx: 41,8 ± 15,6 ml.kg-1.min), todas recreacionais e com experiência mínima de dois anos. A amostra foi submetida a realização de uma coreografia sendo mensurados o gasto calórico, a distância percorrida e o tempo de execução através do sensor inercial BAIOBIT. RESULTADOS: Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) no gasto calórico (17,2 ± 2,3; 20,8 ± 4,1 cal), na distância percorrida (166,2 ± 4,7; 161,2 ± 4,5 m) e no tempo de execução coreográfico (111 ± 4; 102 ± 6 s), respectivamente, provavelmente devido as técnicas coreográficas e as intensidades associadas as características musicais. Consequentemente, é possível afirmar que o Ballet Clássico e a Dança Urbana podem exigir as mesmas adaptações fisiomecânicas, além de semelhantes otimizações autonômicas, corroborando com Cohen e col. (1981). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo permite concluir que bailarinas e dançarinas de Ballet Clássico e Dança Urbana não diferem no gasto calórico quando executam coreografias com distâncias, tempos de execução, técnicas de movimento e tons musicais semelhantes. No entanto, novas pesquisas são sugeridos com adultos, bailarinos e dançarinos profissionais visando confirmar as evidências verificadas referentes as influencias dos parâmetros fisiomecânicos no gasto calórico em coreografias do Ballet Clássico e da Dança Urbana.
Referências
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Schantz, P. G., & Astrand, P. O. (1984). Physiological characteristics of classical ballet. Medicine and science in sports and exercise, 16(5), 472–476. https://doi.org/10.1249/00005768-198410000-00009
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