EFEITO DA OBESIDADE NO EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE IDOSOS
DOI:
https://doi.org/10.69876/rv.v20iS1.297Palavras-chave:
obesidade, envelhecimento, controle posturalResumo
INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento é marcado pela perda de massa muscular, alterações vestibulares, declínio do controle postural e outras mudanças sensoriais que prejudicam o equilíbrio corporal, aumentando os riscos de quedas. Além do envelhecimento, a obesidade também pode estar associada com alterações na função neuromuscular, na funcionalidade geral, no controle postural e no equilíbrio. OBJETIVO: Investigar o efeito da obesidade, através do índice de massa corporal-IMC, no equilíbrio estático e dinâmico de idosos. MÉTODOS:Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo com amostra por conveniência, formada por participantes de um programa de extensão universitária. Critérios de elegibilidade foram: idade ≥ 60 anos, concordância com o TCLE (CEP/UFRGS 5.993.354), não utilizar órtese ou prótese de membros inferiores, não apresentar patologias prévias que comprometam o equilíbrio. Sessenta idosos foram divididos em 3 grupos de acordo com o IMC: eutróficos (G1; n=23; 68,9±8,1 anos), sobrepesos (G2; n=24; 67,4±5,9 anos) e obesos (G3; n=15; 71,2±9,5 anos). A avaliação incluiu antropometria (peso e altura para cálculo do IMC); valor médio entre 3 repetições de testes de equilíbrio estático: unipodal com olhos abertos e fechados por 30 segundos (EEOA/EEOF) e teste de equilíbrio dinâmico pelo teste Timed up Go (TUG). A análise estatística foi constituída de uma análise descritiva e comparativa entre grupos pelo teste ANOVA com Post Hoc-Tukey (p<0,05; JASP). RESULTADOS: Os resultados obtidos no EEOA foram G1 23,25±10,60, G2: 25,27±9,13s, G3: 15,89±12,0 s. Houve uma influência do IMC sobre o EEOA [F(2,59) p=0,026], ocorrendo uma diferença entre os grupos G2 e G3, mas não entre os demais grupos, com tamanho de efeito grande (d Cohen’s=0,899), mostrando que individuos obesos permaneceram menos tempo em apoio unipodal. Nos resultados do EEOF não houveram diferenças significativas entre os grupos (G1:6,38±5,07; G2:6,16±7,226, G3:3,36±3,24). Em relação ao equilíbrio dinâmico TUG evidenciaram que indivíduos com maior IMC executaram o teste em maior tempo (G1:5,88±1,14s; G2 6,34±1,89s e G3 7,77±2,23s) sendo observada diferença entre G1 e G3 (d Cohen’s=1,077) e também entre G2 e G3 (d Cohen’s=0,815). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nossos achados demonstram influência da obesidade sobre o equilíbrio estático e dinâmico de idosos, corroborando com outros estudos. É possível observar que idosos obesos conseguem permanecer em apoio único com olhos abertos, por menos tempo em relação ao sobrepeso. Do mesmo modo, os obesos despendem maior tempo para realizar o teste TUG, em relação aos eutróficos e sobrepesos. Deste modo, podemos afirmar que a obesidade influencia de forma negativa o desempenho de equilíbrio estático e dinâmico de idosos, fator que está associado a maior risco de quedas e declínio funcional.
Referências
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