VALIDAÇÃO DE SENSORES INERCIAIS VESTÍVEIS PARA MONITORAMENTO DA RCP: COMPARAÇÃO ENTRE DISPOSITIVOS E IMPLICAÇÕES PARA TREINAMENTO E ATENDIMENTO EM PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS

Autores/as

  • Yhandra Karla Piaz Faculdade Guilherme Guimbala
  • Edilson Fernando de Borba Universidade Federal do Paraná
  • Luís Henrique Gabira Perez Universidade Federal do Paraná
  • Sara Batista Honorato Universidade Federal do Paraná
  • André Luiz Felix Rodacki Universidade Federal do Paraná
  • Anderson Zampier Ulbrich Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.69876/rv.v20iS1.303

Palabras clave:

Ressuscitação Cardiopulmonar, Treinamento, Dispositivos Vestíveis

Resumen

INTRODUÇÃO: A parada cardíaca é um evento cardiovascular crítico, geralmente associado a condições isquêmicas do miocárdio (Lavonas et al., 2023). No Brasil, aproximadamente 400 mil pessoas faleceram em 2022 devido a episódios cardiovasculares (George A et al., 2023). As chances de sobrevivência durante uma parada cardíaca aumentam de duas a três vezes quando manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) são aplicadas rapidamente, antes da chegada da assistência médica. Estudos mostram que a taxa de sobrevivência é 18,3% maior em pessoas que receberam RCP (25,4%) em comparação às que não receberam (7,1%) (Riva et al., 2020). A eficiência da RCP depende de dispositivos com recursos instrucionais e feedback, que ajudam a garantir a qualidade da manobra (Olasveengen et al., 2020). Embora existam diversas aplicações para smartphones, há pouca exploração no uso de sensores vestíveis para monitoramento eficaz da massagem, o que poderia aumentar a taxa de sobrevivência do paciente. MÉTODOS: Vinte adultos saudáveis participaram do estudo. Eles realizaram manobras de RCP em um manequim (Little Anne QCPR, Laerdal Medical), que monitorou, orientou e avaliou a acurácia da massagem. Além disso, a massagem foi monitorada por dados de aceleração captados por um relógio de pulso (Apple Watch Series 5) preso ao punho esquerdo (200 Hz) e um acelerômetro (VICON, Oxford, Reino Unido) fixado no punho direito (1144 Hz). A cinemática dos movimentos foi registrada com um smartphone (iPhone 12, modelo A2403) (60 Hz) e processada com o software Kinovea. Os dados de aceleração foram integrados para calcular o deslocamento. As variáveis descritivas foram analisadas por média e desvio-padrão. Utilizou-se ANOVA de medidas repetidas para comparar os ciclos de RCP, e a análise de concordância de Bland-Altman avaliou a adequação dos dados do relógio para mensurar a RCP. RESULTADOS: Foram analisados 5596 ciclos de RCP. Não houve diferença significativa no tempo de ciclo entre o acelerômetro, o vídeo e o relógio (F = 1,026, p = 0,363). Na medida de deslocamento, a diferença entre os dados do relógio e os valores medidos foi de 0,737 cm para compressão e 0,733 cm para relaxamento. A acurácia média reportada pelo manequim foi de 98,6 ± 1,6%, enquanto a acurácia calculada pelo deslocamento foi de 62,1 ± 16,2%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo demonstrou que as medidas fornecidas por sensores inerciais de dispositivos vestíveis (smartwatches) são válidas para monitorar o tempo e o deslocamento durante manobras de RCP. Esses dispositivos podem ser úteis tanto para treinamento quanto para cenários reais de parada cardiorrespiratória. A discrepância na acurácia indicada pelo manequim de treinamento sugere uma indução ao erro durante o aprendizado com esse tipo de sistema. A utilização segura dos dados de sensores inerciais integrados no desenvolvimento de algoritmos preditores de movimento pode aprimorar a qualidade da RCP e aumentar a chance de sobrevivência dos pacientes.

Citas

George A, M., Fuster, V., Murray, C. J. L., Roth, G. A., Mensah, G. A., Abate, Y. H., Abbasian, M., Abd-Allah, F., Abdollahi, A., & Abdollahi, M. (2023). Global Burden of Cardiovascular Diseases and Risks, 1990-2022.

Lavonas, E. J., Akpunonu, P. D., Arens, A. M., Babu, K. M., Cao, D., Hoffman, R. S., Hoyte, C. O., Mazer-Amirshahi, M. E., Stolbach, A., & St-Onge, M. (2023). 2023 American Heart Association focused update on the management of patients with cardiac arrest or life-threatening toxicity due to poisoning: an update to the American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation, 148(16), e149–e184.

Olasveengen, T. M., Mancini, M. E., Perkins, G. D., Avis, S., Brooks, S., Castrén, M., Chung, S. P., Considine, J., Couper, K., & Escalante, R. (2020). Adult basic life support: 2020 international consensus on cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care science with treatment recommendations. Circulation, 142(16_suppl_1), S41–S91.

Riva, G., Jonsson, M., Ringh, M., Claesson, A., Djärv, T., Forsberg, S., Nordberg, P., Rubertsson, S., Rawshani, A., & Nord, A. (2020). Survival after dispatcher-assisted cardiopulmonary resuscitation in out-of-hospital cardiac arrest. Resuscitation, 157, 195–201.

Publicado

2024-12-09

Cómo citar

Piaz, Y. K. ., Borba, E. F. de ., Perez, L. H. G. ., Honorato, S. B. ., Rodacki, A. L. F., & Ulbrich, A. Z. (2024). VALIDAÇÃO DE SENSORES INERCIAIS VESTÍVEIS PARA MONITORAMENTO DA RCP: COMPARAÇÃO ENTRE DISPOSITIVOS E IMPLICAÇÕES PARA TREINAMENTO E ATENDIMENTO EM PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS. Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos, 20(S1). https://doi.org/10.69876/rv.v20iS1.303

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