ARQUITETURA MUSCULAR E DESFECHOS FÍSICO-FUNCIONAIS DE IDOSOS ADMITIDOS EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR USUÁRIOS E NÃO USUÁRIOS DE OXIGENIOTERAPIA DOMICILIAR
DOI:
https://doi.org/10.69876/rv.v20iS1.307Palabras clave:
Doenças cardiopulmonares, Arquitetura muscular, Músculo esquelético, Oxigenioterapia, Desempenho fisico-funcionalResumen
INTRODUÇÃO: As doenças cardiopulmonares estão associadas a mudanças no músculo esquelético, como redução da massa e força muscular. É relatado que a suplementação de oxigênio promove efeito muscular, com redução da disfunção muscular, menor produção de ácido lático e diminuição da ativação dos metaboergoreceptores musculares, diminuindo o estímulo ventilatório. Nesse sentido, é essencial avaliar a arquitetura muscular de pacientes admitidos em programas de reabilitação cardiopulmonar, já que essas intervenções visam melhorar a capacidade de exercício e a disfunção muscular. O objetivo foi avaliar e correlacionar a arquitetura muscular e desfechos físico-funcionais em idosos admitidos no serviço de reabilitação cardiopulmonar. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com dezenove idosos com doença cardiopulmonar admitidos no serviço de Reabilitação Cardiopulmonar da Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste. A arquitetura muscular do gastrocnêmio e vasto lateral foi avaliada pela análise ultrassonográfica sendo mensurados o ângulo de penação (AP), comprimento do fascículo (CF) e espessura muscular (EM). Os desfechos físico-funcionais incluíram velocidade da marcha (VM) (teste de 10 metros), força isométrica de flexores plantares e extensores do joelho (dinamômetro manual Lafayete), mobilidade funcional (Time up and go (TUG)) força dos membros inferiores (sentar e levantar 5 vezes (SL5x)) e desempenho funcional (Short Physical Performance Battery (SPPB)). As variáveis foram correlacionadas pelo teste de Spearman. RESULTADOS: Foram avaliados 19 pacientes, sendo 5 pacientes (69,6 ± 6,84 anos) usuários de oxigênio suplementar e 14 (74,14 ± 6,17 anos) não dependentes de oxigênio. Nos pacientes que utilizam oxigenioterapia, foram observadas correlações positivas e significativas entre o ângulo de penação do gastrocnêmio e desempenho físico (SPPB) (r=0,88; p=0,040), comprimento do fascículo do gastrocnêmio e força isométrica de plantiflexores do tornozelo (r=0,99;p=0,007),comprimento do fascículo do gastrocnêmio e velocidade da marcha (r=0,95; p=0,044), força isométrica de extensores do joelho e SPPB (r=0,92, p=0,025) força isométrica de plantiflexores do tornozelo (r=0,99;p=0,007) e velocidade da marcha (r=0,95; p=0,044) e TUG e SL5x (r=0,91; p=0,028). Foi observada correlação negativa entre força isométrica dos extensores do joelho e SL5x (r=-0,88; p=0,043). Nos pacientes que não fazem uso de oxigênio, foram observadas correlações positivas entre o ângulo de penação do gastrocnêmio e ângulo de penação do vasto lateral (r=0,71; p=0,007), comprimento do fascículo do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do vasto lateral (r=0,61; p=0,027), força isométrica dos plantiflexores e velocidade da marcha (r=0,615; p=0,019) e TUG e SL5x (r=0,797; p=0,001). Foram observadas correlações negativas entre ângulo de penação do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do gastrocnêmio (r=-0,75; p=0,002), ângulo de penação do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do vasto (r=-0,70; p=0,007), ângulo de penação do vasto e comprimento do fascículo do gastrocnêmio (r=-0,70; p=0,007) comprimento do fascículo do vasto e ângulo de penação do gastrocnêmio (r=-0,70;p=0,007), TUG e SPPB (r=-0,69; p=0,006) e SL5x e SPPB (r=-0,94; p=0,000). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nos pacientes usuários de oxigênio, a arquitetura muscular avaliada por ultrassonografia mostrou estar correlacionada apenas com os desfechos físico-funcionais enquanto nos pacientes não usuários de oxigênio, os desfechos da arquitetura muscular do gastrocnêmio e vasto lateral correlacionaram-se entre si mas não se correlacionaram com desfechos físico-funcionais.
Citas
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