ARQUITETURA MUSCULAR E DESFECHOS FÍSICO-FUNCIONAIS DE IDOSOS ADMITIDOS EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR USUÁRIOS E NÃO USUÁRIOS DE OXIGENIOTERAPIA DOMICILIAR

Autores/as

  • Adriele Santos Sobutka Universidade Estadual do Centro-Oeste
  • Ana Cecília Kauka de Lima Universidade Estadual do Centro-Oeste
  • Bruna Luiza de Andrade Universidade Estadual do Centro-Oeste
  • Maria Cecília Alves Ferreira Universidade Estadual do Centro-Oeste
  • Christiane Riedi Daniel Universidade Estadual do Centro-Oeste
  • Marcos Vinicius Soares Martins Centro Universitário UniGuairacá
  • Hilana Rickli Fiuza Martins Universidade Estadual do Centro-Oeste

DOI:

https://doi.org/10.69876/rv.v20iS1.307

Palabras clave:

Doenças cardiopulmonares, Arquitetura muscular, Músculo esquelético, Oxigenioterapia, Desempenho fisico-funcional

Resumen

INTRODUÇÃO: As doenças cardiopulmonares estão associadas a mudanças no músculo esquelético, como redução da massa e força muscular. É relatado que a suplementação de oxigênio promove efeito muscular, com redução da disfunção muscular, menor produção de ácido lático e diminuição da ativação dos metaboergoreceptores musculares, diminuindo o estímulo ventilatório. Nesse sentido, é essencial avaliar a arquitetura muscular de pacientes admitidos em programas de reabilitação cardiopulmonar, já que essas intervenções visam melhorar a capacidade de exercício e a disfunção muscular. O objetivo foi avaliar e correlacionar a arquitetura muscular e desfechos físico-funcionais em idosos admitidos no serviço de reabilitação cardiopulmonar. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com dezenove idosos com doença cardiopulmonar admitidos no serviço de Reabilitação Cardiopulmonar da Clínica de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste. A arquitetura muscular do gastrocnêmio e vasto lateral foi avaliada pela análise ultrassonográfica sendo mensurados o ângulo de penação (AP), comprimento do fascículo (CF) e espessura muscular (EM). Os desfechos físico-funcionais incluíram velocidade da marcha (VM) (teste de 10 metros), força isométrica de flexores plantares e extensores do joelho (dinamômetro manual Lafayete), mobilidade funcional (Time up and go (TUG)) força dos membros inferiores (sentar e levantar 5 vezes (SL5x)) e desempenho funcional (Short Physical Performance Battery (SPPB)). As variáveis foram correlacionadas pelo teste de Spearman.  RESULTADOS: Foram avaliados 19 pacientes, sendo 5 pacientes (69,6 ± 6,84 anos) usuários de oxigênio suplementar e 14 (74,14 ± 6,17 anos) não dependentes de oxigênio. Nos pacientes que utilizam oxigenioterapia, foram observadas correlações positivas e significativas entre o ângulo de penação do gastrocnêmio e desempenho físico (SPPB) (r=0,88; p=0,040), comprimento do fascículo do gastrocnêmio e força isométrica de plantiflexores do tornozelo (r=0,99;p=0,007),comprimento do fascículo do gastrocnêmio e velocidade da marcha (r=0,95; p=0,044), força isométrica de extensores do joelho e SPPB (r=0,92, p=0,025) força isométrica de plantiflexores do tornozelo (r=0,99;p=0,007) e velocidade da marcha (r=0,95; p=0,044) e TUG e SL5x (r=0,91; p=0,028). Foi observada correlação negativa entre força isométrica dos extensores do joelho e SL5x (r=-0,88; p=0,043). Nos pacientes que não fazem uso de oxigênio, foram observadas correlações positivas entre o ângulo de penação do gastrocnêmio e ângulo de penação do vasto lateral (r=0,71; p=0,007), comprimento do fascículo do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do vasto lateral (r=0,61; p=0,027), força isométrica dos plantiflexores e velocidade da marcha (r=0,615; p=0,019) e TUG e SL5x (r=0,797; p=0,001). Foram observadas correlações negativas entre ângulo de penação do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do gastrocnêmio (r=-0,75; p=0,002), ângulo de penação do gastrocnêmio e comprimento do fascículo do vasto (r=-0,70; p=0,007), ângulo de penação do vasto e comprimento do fascículo do gastrocnêmio (r=-0,70; p=0,007) comprimento do fascículo do vasto e ângulo de penação do gastrocnêmio (r=-0,70;p=0,007), TUG e SPPB (r=-0,69; p=0,006) e SL5x e SPPB (r=-0,94; p=0,000). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nos pacientes usuários de oxigênio, a arquitetura muscular avaliada por ultrassonografia mostrou estar correlacionada apenas com os desfechos físico-funcionais enquanto nos pacientes não usuários de oxigênio, os desfechos da arquitetura muscular do gastrocnêmio e vasto lateral correlacionaram-se entre si mas não se correlacionaram com desfechos físico-funcionais.

Citas

Castellano, M. V. C. de O., Pereira, L. F. F., Feitosa, P. H. R., Knorst, M. M., Salim, C., Rodrigues, M. M., Ferreira, E. V. M., Duarte, R. L. de M., Togeiro, S. M., Stanzani, L. Z. L., Medeiros Júnior, P., Schelini, K. N. de M., Coelho, L. S., Sousa, T. L. F. de ., Almeida, M. B. de ., & Alvarez, A. E.. (2022). 2022 Brazilian Thoracic Association recommendations for long-term home oxygen therapy. Jornal Brasileiro De Pneumologia, 48(5), e20220179. https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20220179

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Publicado

2024-12-09

Cómo citar

Sobutka, A. S., Lima, A. C. K. de, Andrade, B. L. de, Ferreira, M. C. A. ., Daniel, C. R., Martins, M. V. S., & Martins, H. R. F. (2024). ARQUITETURA MUSCULAR E DESFECHOS FÍSICO-FUNCIONAIS DE IDOSOS ADMITIDOS EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR USUÁRIOS E NÃO USUÁRIOS DE OXIGENIOTERAPIA DOMICILIAR. Revista Eletrônica Polidisciplinar Voos, 20(S1). https://doi.org/10.69876/rv.v20iS1.307

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